quarta-feira, 9 de julho de 2008

Rio Pardo pode vira pontecialidade do Norte de Minas

fotos wilson medeiros

Luiz Ribeiro Montes Claros – Foi descoberta no município de Rio Pardo de Minas, de 28,2 mil Descoberta megarreserva de minério no Norte de MG Jazidas equivalem praticamente a um novo quadrilátero ferrífero, com potencial de 10 bilhões de toneladas habitantes, a 681 quilômetros de Belo Horizonte, no Norte de Minas, uma grande jazida de minério de ferro, que poderá modificar completamente a realidade da região, até então uma das mais carentes de Minas. O anúncio foi feito quinta-feira, em Montes Claros, pelo diretor do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais (Indi), Jamil Habib Cury(foto). Segundo ele, estudos indicam que as reservas de minério de ferro do Norte do estado estão entre as maiores do mundo, com a estimativa de concentração de 10 bilhões de toneladas, podendo ser comparadas com as jazidas do quadrilátero ferrífero mineiro, que abrange a região metropolitana e municípios do Vale do Aço como João Monlevade e Itabira.
As pesquisas na região de Rio Pardo de Minas foram iniciadas há dois anos, envolvendo as empresas Votorantim, Miba (Mineração Minas Bahia) e Mitsubishi. Ainda não foi feito o registro das descobertas das jazidas junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Mas, o amidiretor do Indi afirmou que as empresas já constataram a grande potencialidade das reservas e a viabilidade econômica da exploração do minério. A Voratim Metais não confirmou as informações e informou que não está pesquisando minério de ferro no município mineiro. Segundo Habib Cury, do Indi, o minério de ferro da Região de Rio Pardo está localizado logo abaixo da superfície, até uma profundidade de 120 metros. Isso vai possibilitar a exploração com a instalação de minas a céu aberto. Ele disse que as reservas se estendem por uma área extensa, que alcança também os municípios de Grão Mogol e Salinas. “Mas a maior concentração está mesmo em Rio Pardo”. O diretor do Indi informou que o governo do estado está providenciando a assinatura de um protocolo de intenções com a Votorantim, Miba e Mitsubishi, visando ao início das atividades da mineração no Norte de Minas. O investimento previsto ainda não foi anunciado. Infra-estrutura Jamil Cury (foto) lembra que, para viabilizar a retirada do minério de ferro de Rio Pardo de Minas, o governo vai apoiar a montagem de uma infra-estrutura, visando transportar o produto até um porto da Bahia. Nesse sentido, poderá ser construído um mineroduto, partindo do Norte do estado em direção ao litoral baiano. “O minério de ferro encontrado em Rio Pardo tem uma qualidade muita boa, com uma dureza de 45%. Além disso, a região tem uma boa densidade de águas subterrâneas, o que facilita o transporte por mineroduto”, destacou. Ele lembrou que outra opção seria a construção de uma ferrovia para assegurar o escoamento do minério. “Mas também podemos agregar valor ao produto, montando uma indústria para a produção de aço na própria região”, observou Jamil Habib Cury. Nesta última opção, também seriam instaladas siderúrgicas no Norte de Minas, aproveitando a grande oferta de carvão vegetal produzido nas áreas de reflorestamentos de eucaliptos dos municípios da região e do Vale do Jequitinhonha. O Norte de Minas é considerado uma das novas regiões de fronteira da mineração no estado, com grante potencial, segundo José Fernando Coura, presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas (Sindiextra). As pesquisas minerais, antes muito concentradas no Quadrilátero Ferrífero, estão se deslocando não só para o Norte quanto o Nordeste de Minas, com a forte expansão do setor no Brasil. Coura tem dito que há grandes empresas interessadas nessa porção do estado e a expectativa é de que surjam novos projetos com logística de escoamento da produção, por mineroduto ou ferrovia, das proximidades de Grão Mogol e Porteirinha, no Norte mineiro, em direção ao Sul da Bahia. (Colaborou Marta Vieira)

Um comentário:

alexandre ferreira de brito disse...

nós riopardenses estamos apostando todas as fixas a uma nova vida em uma região castigada pela seca e desprovida de oportunidade de trabalho,estamos firmes e fortes para tal mudança respeitando sempre a natureza na médida do posível torcendo que dias melhores virão