quinta-feira, 31 de julho de 2008

Minas tem a melhor cobertura contra gripe do Sudeste

Pedro Cisalpino/SES-MG

Foram aplicadas 1.639.236 doses da vacina em pessoas maiores de 60 Envelhecer com qualidade. Para alcançar este objetivo Minas deu um importante passo, atingindo a cobertura de 91,78% da população na vacinação contra a gripe, destinada à população maior de 60 anos. Em balanço final divulgado nessa terça-feira (29) pelo Ministério da Saúde, Minas Gerais aparece com o melhor índice entre os quatro estados da região Sudeste e 10º lugar nacional. Dos 853 municípios mineiros, 813 atingiram a meta de 80% de cobertura. Foram aplicadas 1.639.236 doses da vacina. A coordenadora estadual de imunização,Tânia Brant, acredita que os números demonstram uma busca maior da população por um envelhecimento sem doenças. “A mobilização do Estado demonstra que as pessoas nesta faixa de idade estão buscando melhorar sempre sua qualidade de vida. Elas gostam de realizar atividades físicas, de dançar, de ouvir música. Estão se vacinando porque querem aproveitar todos os momentos da vida com saúde, animação e alegria”, analisou. Tânia ressalta que a alta cobertura vacinal é uma importante arma para redução de óbitos e internações ocasionadas por pneumonias e gripe. “Temos ações voltadas para o controle de doenças graves. Desde que a vacinação começou a ser feita, em 1999, houve uma diminuição de 30% das internações por pneumonia e por doenças pulmonares obstrutivas crônicas no Estado. Nas últimas décadas, a imunização contra Influenza tem sido a principal medida para vigilância e controle da Gripe e redução da morbi-mortalidade relacionada à doença”, afirmou. Outro ponto destacado pela coordenadora é o apoio da imprensa na divulgação deste tipo de campanha, uma vez que a informação é capaz de motivar as pessoas a usarem o que têm direito e promover a saúde. “A realização de eventos para a abertura das campanhas, que são acompanhadas pelos veículos de comunicação, tornam a vacinação um momento agradável e alegre com o público a que se direciona”, disse. Quem se vacinou, demonstrou uma dose de otimismo. A dona de casa Terezinha dos Santos Leopoldina, 60 anos, recebeu a vacina pela primeira vez este ano. “Em 2007, tive gripe e não foi nada fácil. Febre, garganta inflamada, dores no corpo. Meu marido fez aqueles remedinhos tradicionais, como mel com própolis, mas eu sei que o que resolve mesmo é prevenção. Eu confio que vou ficar livre da gripe este ano”. Rubéola O próximo desafio é a erradicação da rubéola, com a realização de uma campanha para vacinação contra a doença. A expectativa é vacinar 9,6 milhões de mineiros com 12 a 39 anos de idade. De acordo com Tânia Brant, o envolvimento da sociedade civil é de fundamental importância para ajudar a erradicar a doença. “Mobilizar a sociedade e assim, envolver locais de grande movimentação pública, como shopping, escolas, bem como trazer para junto de nós parceiros como dirigentes de associações é a melhor maneira de atingir a população e garantir um futuro saudável para toda criança”, ponderou. Tânia ainda complementou, explicando que a rubéola é uma doença virótica altamente contagiosa, que geralmente é benigna. Mas se contraída durante a gravidez pode causar uma série de complicações ao feto, como retardo do crescimento, anacefalia (cérebro pequeno), surdez, cegueira e deficiência motora. “A baixa morbidade é usada como desculpa pelas pessoas para justificar a não vacinação. Porém, sabemos que a doença tem aumentado, principalmente entre os homens, que podem transmiti-las às grávidas e causar vários problemas aos bebês”, alertou. Saúde do Idoso O Governo de Minas tem buscado fortalecer as ações para qualificar o atendimento aos cidadãos com 60 anos ou mais. Medidas como a implantação das linhas guias e protocolos, o lançamento da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e o programa Mais Vida ressaltam a importância que tem sido dada ao problema. “Todo cidadão tem direito ao acesso a serviços adequados às necessidades de saúde individuais e coletivas. É neste contexto que um novo olhar volta-se para a Saúde do Idoso como uma das atuais prioridades das Políticas Públicas de Saúde.”, avaliou Eliana Bandeira, coordenadora estadual de Atenção ao Idoso. Somente no ano passado, foi feito acompanhamento e avaliação do Programa de Doença de Alzheimer, com atendimento de 5.225 idosos portadores de Doença de Alzheimer. Também foi feito relatório técnico para vistoriar instituições de internação de idosos, atendendo a solicitação do Ministério Público Estadual. A integração junto às universidades teve destaque, com a organização de simpósios, mutirões com atendimentos de pacientes e participação em congressos, conferências, palestras, aulas e reuniões técnicas.

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