sexta-feira, 11 de julho de 2008

Com o "Levantamento Epidemiológico das Condições da População de Montes Claros",

FOTOS WILSON MEDEIROS


A saúde bucal dos moradores será minuciosamente descrita a partir de ampla pesquisa, a ser desenvolvida pelo curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), vinculado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Serão entrevistadas e avaliadas 4,8 mil pessoas - de cinco a 74 anos de idade - escolhidas aleatoriamente em 54 bairros (setores censitários) na sede e em seis localidades rurais do município.

Concluídas as etapas de planejamento e as propostas de trabalho, o estudo de campo será iniciado no próximo dia 9 de agosto. "O resultado da pesquisa será de grande importância para o município, pois vai subsidiar as políticas públicas para a melhoria da saúde bucal. Do ponto de vista da Universidade, vai proporcionar experiência ímpar para os acadêmicos, que terão a oportunidade de se iniciarem na investigação científica", explica a professora Andréa Maria Eleutério de Barros Lima Martins, do curso de Odontologia e coordenadora do projeto.

O estudo é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), com recursos da ordem de R$ 87,5 mil. Conta, também, com a parceria da Prefeitura de Montes Claros, que além de liberar cerca de R$ 27,5 mil, vai garantir o apoio logístico e o transporte das equipes até as localidades rurais. A coleta de dados deverá ser concluída em dezembro deste ano e a divulgação dos resultados deverá acontecer em 2009.

Saúde da Família

A pesquisa vai envolver a participação de 20 cirurgiões-dentistas, que integram as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) de Montes Claros. Eles vão examinar os moradores em seus próprios domicílios. Os profissionais serão acompanhados por acadêmicos do curso de Odontologia, que serão responsáveis pela coleta dos dados em computadores portáteis, através de um software desenvolvido exclusivamente para o estudo. Além de cáries, serão observados casos como a necessidade de próteses, doenças periodontais, lesões em mucosas e outras enfermidades bucais.

De acordo com a professora Andréa Eleutério, além dos acadêmicos de Odontologia, que serão envolvidos diretamente no trabalho de campo, o estudo contará com a colaboração de 10 alunos do curso de Matemática, vinculado ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET). Eles vão auxiliar nos cálculos e na tabulação de dados.

Andréa observa que, seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o levantamento será dividido por faixa etária e os 54 setores censitários do município foram escolhidos de acordo com critérios utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Como as entrevistas e exames serão feitos nos domicílios, será fundamental a colaboração dos moradores no recebimento dos examinadores e entrevistadores. Para tanto, as equipes estarão devidamente identificadas e uniformizadas", conclui.

Nenhum comentário: