Lúcia Sebe/Secom MG |
Policiais de todas as unidades do Estado passam pelo curso |
A transversalidade com a temática dos Direitos Humanos se faz presente em todas as matérias estudadas, incluindo, principalmente, as disciplinas de tiro policial, defesa pessoal e técnicas policiais militar, assim como os princípios de Polícia Comunitária. Estágios são realizados ao longo dos três anos do curso, pautados pelo diferencial pragmático que a atividade policial exige.
“Temos como principal lema a necessidade de sempre inovar as técnicas e sistemas de abordagens e de convívio do policial militar com o cidadão”, ressalta o supervisor de Treinamento da PM, major Marcelo Vladimir Corrêa. Ele explica que integrantes de unidades especializadas, como o Grupo Especializado em Áreas de Risco (GEPAR) e o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) fazem um curso complementar, que amplia a capacidade de resposta da PM e a troca de experiência entre policiais de várias áreas de atuação da Região Metropolitana.
No III Torneio, a realidade das ocorrências policiais foi reproduzida em oficinas que simularam um turno de serviço com as mais diversas situações. Participaram cadetes do Curso de Formação de Oficiais/Bacharelado em Ciências Militares, do CEG – Escola de Comandantes. Na prática, eles entram em áreas de risco observando, com detalhes, onde estão os suspeitos e se existem outras pessoas nas imediações, para evitar que um incidente ocorra. Ainda durante a reciclagem, os militares treinam táticas para agir em locais escuros, conduzir um preso sem utilizar algemas e abordar pessoas comuns, sem provocar constrangimento.
O treinamento é uma atividade normal para todos os policiais militares e começa quando ele ingressa na corporação, sendo reforçado com o TPB. A reciclagem garante, por parte do policial, ações seguras e tranqüilas para a população e para o próprio policial. Treino de tiro ao alvo, abordagens de veículos e de pessoas suspeitas, buscas em residências e estabelecimentos comerciais, assaltos com vítimas, seqüestros, direitos humanos, ética profissional e defesa pessoal são algumas das atividades desenvolvidas durante o treinamento.
De acordo com o major Marcelo Vladimir Corrêa, policiais de todas as unidades do Estado passam pelo curso, que “sempre apresenta inovações técnico-táticas que melhoram a performance do trabalho do policial militar”. O supervisor acredita que se parte da população ainda tem certo receio das abordagens policiais isso se deve a um desconhecimento da ação protetora da polícia, que atua sempre para dar segurança às pessoas.
“Os policiais são preparados para agir de acordo com o Estatuto da Corporação, preservando a vida e dentro do que preceitua os direitos humanos”, assegurou. Ele explica que não é qualquer pessoa que um policial classifica como suspeita. “O indivíduo é caracterizado pelo local onde está, pela atitude e pela informação (denúncia) que a PM recebeu", ensinou. E exemplificou: "Alguém que sai de repente de uma loja correndo é suspeita. O mesmo ocorre com quem foge quando vê uma viatura da polícia. Atitude e pessoa sob suspeita andam juntas”, disse.
O torneio recebe o nome do Coronel Antônio Norberto dos Santos, em homenagem ao autor do livro “Policiamento”, que foi precursor dos conceitos de policia ostensiva em Minas Gerais.
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