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BRASÍLIA - A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) informou que 40% dos funcionários aderiram à paralisação que teve início ontem. De acordo com a assessoria da empresa, a partir desta quarta-feira o ponto dos grevistas será cortado. Os Correios têm cerca de 58 mil funcionários. Desses, segundo a empresa, 23,2 mil estão em greve desde ontem.
Os trabalhadores reivindicam o cumprimento de um termo de compromisso assinado em novembro de 2007 pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, e pelo presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio. Além disso, querem a implementação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que favoreça a classe e o aumento do percentual da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
De acordo com a ECT, o acordo feito com os funcionários já foi cumprido e a empresa já iniciou o pagamento de R$ 260 mensais. Os Correios afirmam que o pagamento foi adaptado para não entrar em conflito com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), já que os trabalhadores desejavam receber adicional de 30% do salário por periculosidade.
Segundo a empresa, os carteiros, pela lei, não podem receber esse tipo de adicional. Como o salário inicial da categoria é de R$ 603, o pagamento de mais R$ 206 mensais representaria mais do que 30% em alguns casos, mas teria um valor inferior a essa parcela para os funcionários que estão há mais tempo na empresa.
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