Os investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) em bolsas de estudo para diversas modalidades devem atingir, em 2008, o montante de R$ 30 milhões para 4.500 estudantes e pesquisadores, um crescimento de 20%, em relação ao ano passado, quando a fundação liberou R$ 25 milhões para 3.944 pessoas. Para ampliar os investimentos, a Fapemig simplificou e tornou mais ágil o processo para repasses de recursos. O valor das bolsas varia de R$ 100, para o programa de iniciação científica BIC Jr, a R$ 5 mil. Mudanças no fluxo de concessão de bolsas fazem parte da simplificação. Pelo novo fluxo, a Fapemig comunica o volume de cotas à instituição beneficiada. Em seguida, libera os recursos. Cabe à instituição selecionar os bolsistas e distribuir os recursos. Outra novidade é que, desde o início de julho, a validade dos convênios passou de um para dois anos e meio. O convênio com prazo mais longo já era utilizado desde 2007 para o programa BIC Jr. A partir desse ano passará a valer para bolsas de mestrado, doutorado, Pibic, pós-doutorado e pesquisador visitante. “Queremos reduzir o tempo das atividades burocráticas”, afirma o diretor científico da Fapemig, Mário Neto Borges. No procedimento antigo, a Fapemig cadastrava os bolsistas e preparava a listagem para pagamento. Com a mudança, a conferência das bolsas é feita junto à instituição gestora por meio da prestação de contas, enviada anualmente à fundação até um mês após o término do período do benefício. O repasse dos recursos referentes às cotas continua sendo trimestral. Sem burocracia "A vantagem do novo instrumento é que ele evita a necessidade de um termo aditivo a cada ano, evitando burocracias e atraso com a busca de assinaturas, além de resultar em economia de tempo e papel. Com o novo instrumento, a liberação de recursos ficará ágil", disse o procurador-chefe da Fapemig, Ildeu Viana da Silva. O diretor-presidente da Fundação de Apoio à Universidade Federal de Viçosa (Funarbe), Demetrius David da Silva, aprova as mudanças. "Com a simplificação, dentro da cota a que tem direito, a instituição de ensino beneficiada ganha autonomia para realizar mudanças, sem precisar enviar todo mês a lista de bolsistas para a Fapemig. Se não houver nenhuma alteração, posso enviá-la apenas uma vez por ano", afirma. As modalidades de bolsas incluem pesquisador visitante, pós-doutorado, bolsa de desenvolvimento tecnológico industrial, iniciação científica, apoio técnico à pesquisa, bolsa de gestão em ciência e tecnologia, mestrado e doutorado, bolsa de incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, bolsa de especialista visitante e BIC Jr. Um dos beneficiados pelo programa de bolsas da Fapemig é o estudante do 9º período do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Horácio Antônio Rodrigues. Bolsista de iniciação científica há um ano, ele atua na produção do programa de rádio "Na Onda da Vida", destinado à divulgação científica de temas ligados à biologia e veiculado na Rádio UFMG Educativa. "A bolsa dá certa tranqüilidade, pois o dinheiro ajuda no pagamento de despesas do curso, como xerox e livros", conta. Desde 2004, as bolsas da Fapemig seguem os valores adotados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Naquele ano, a Fapemig concedia em torno de 700 bolsas. Atualmente, o número ultrapassa a marca de quatro mil. Evolução Além dos benefícios práticos, a bolsa cumpre o papel de formar pesquisadores e despertar a vocação para a ciência. Um bom exemplo é o médico veterinário Ricardo Tostes Gazzinelli, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Ele foi um dos ganhadores da versão 2007 do Troféu Scopus (banco de dados internacional de artigos científicos), que o colocou entre os 15 maiores pesquisadores do país. "Fui bolsista do CNPq durante os dois últimos anos da minha graduação em veterinária. Trabalhava com avaliação química e nutricional de ração para animais. Pretendia seguir carreira acadêmica e a participação no projeto confirmou minha escolha", diz Gazzinelli. O veterinário possui pesquisas financiadas pela Fapemig e coordena a Rede Mineira de Biomoléculas, que estuda as proteínas presentes no veneno do escorpião amarelo. O estudante do ensino médio, Erick Jhonson Candeias, há dois anos é bolsista do programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (BIC Jr) da Fapemig. Ele ressalta a importância da bolsa no estreitamento da sua relação com a ciência. "Antes eu via a ciência como algo completamente mitificado. Hoje descobri que a pesquisa está muito mais presente na nossa vida do que pensamos", afirma.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Minas libera mais recursos para pesquisa
Os investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) em bolsas de estudo para diversas modalidades devem atingir, em 2008, o montante de R$ 30 milhões para 4.500 estudantes e pesquisadores, um crescimento de 20%, em relação ao ano passado, quando a fundação liberou R$ 25 milhões para 3.944 pessoas. Para ampliar os investimentos, a Fapemig simplificou e tornou mais ágil o processo para repasses de recursos. O valor das bolsas varia de R$ 100, para o programa de iniciação científica BIC Jr, a R$ 5 mil. Mudanças no fluxo de concessão de bolsas fazem parte da simplificação. Pelo novo fluxo, a Fapemig comunica o volume de cotas à instituição beneficiada. Em seguida, libera os recursos. Cabe à instituição selecionar os bolsistas e distribuir os recursos. Outra novidade é que, desde o início de julho, a validade dos convênios passou de um para dois anos e meio. O convênio com prazo mais longo já era utilizado desde 2007 para o programa BIC Jr. A partir desse ano passará a valer para bolsas de mestrado, doutorado, Pibic, pós-doutorado e pesquisador visitante. “Queremos reduzir o tempo das atividades burocráticas”, afirma o diretor científico da Fapemig, Mário Neto Borges. No procedimento antigo, a Fapemig cadastrava os bolsistas e preparava a listagem para pagamento. Com a mudança, a conferência das bolsas é feita junto à instituição gestora por meio da prestação de contas, enviada anualmente à fundação até um mês após o término do período do benefício. O repasse dos recursos referentes às cotas continua sendo trimestral. Sem burocracia "A vantagem do novo instrumento é que ele evita a necessidade de um termo aditivo a cada ano, evitando burocracias e atraso com a busca de assinaturas, além de resultar em economia de tempo e papel. Com o novo instrumento, a liberação de recursos ficará ágil", disse o procurador-chefe da Fapemig, Ildeu Viana da Silva. O diretor-presidente da Fundação de Apoio à Universidade Federal de Viçosa (Funarbe), Demetrius David da Silva, aprova as mudanças. "Com a simplificação, dentro da cota a que tem direito, a instituição de ensino beneficiada ganha autonomia para realizar mudanças, sem precisar enviar todo mês a lista de bolsistas para a Fapemig. Se não houver nenhuma alteração, posso enviá-la apenas uma vez por ano", afirma. As modalidades de bolsas incluem pesquisador visitante, pós-doutorado, bolsa de desenvolvimento tecnológico industrial, iniciação científica, apoio técnico à pesquisa, bolsa de gestão em ciência e tecnologia, mestrado e doutorado, bolsa de incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, bolsa de especialista visitante e BIC Jr. Um dos beneficiados pelo programa de bolsas da Fapemig é o estudante do 9º período do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Horácio Antônio Rodrigues. Bolsista de iniciação científica há um ano, ele atua na produção do programa de rádio "Na Onda da Vida", destinado à divulgação científica de temas ligados à biologia e veiculado na Rádio UFMG Educativa. "A bolsa dá certa tranqüilidade, pois o dinheiro ajuda no pagamento de despesas do curso, como xerox e livros", conta. Desde 2004, as bolsas da Fapemig seguem os valores adotados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Naquele ano, a Fapemig concedia em torno de 700 bolsas. Atualmente, o número ultrapassa a marca de quatro mil. Evolução Além dos benefícios práticos, a bolsa cumpre o papel de formar pesquisadores e despertar a vocação para a ciência. Um bom exemplo é o médico veterinário Ricardo Tostes Gazzinelli, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Ele foi um dos ganhadores da versão 2007 do Troféu Scopus (banco de dados internacional de artigos científicos), que o colocou entre os 15 maiores pesquisadores do país. "Fui bolsista do CNPq durante os dois últimos anos da minha graduação em veterinária. Trabalhava com avaliação química e nutricional de ração para animais. Pretendia seguir carreira acadêmica e a participação no projeto confirmou minha escolha", diz Gazzinelli. O veterinário possui pesquisas financiadas pela Fapemig e coordena a Rede Mineira de Biomoléculas, que estuda as proteínas presentes no veneno do escorpião amarelo. O estudante do ensino médio, Erick Jhonson Candeias, há dois anos é bolsista do programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (BIC Jr) da Fapemig. Ele ressalta a importância da bolsa no estreitamento da sua relação com a ciência. "Antes eu via a ciência como algo completamente mitificado. Hoje descobri que a pesquisa está muito mais presente na nossa vida do que pensamos", afirma.
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