terça-feira, 12 de agosto de 2008





PESQUISA

Pesquisa da Embrapa mostra que o aquecimento global vai afetar a agricultura nos próximos anos. Com a crescente onda de secas intensas no território brasileiro o aumento provavelmente inevitável da temperatura no país, além de fazer as plantas e o solo perderem mais água por evapotranspiração, não deve ser compensado por um aumento correspondente de chuvas. É o que afirma Hilton Silveira Pinto, agrônomo do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp e co-autor do estudo.


- Os dados sobre chuva que nós obtivemos com o modelo climático são irregulares, mas há 4.000 estações da ANA- Agência Nacional de Águas espalhadas pelo Brasil, com mais de 25 anos de dados. E a conclusão é que não há variação no total de chuva. Por isso, o que deve haver é o aumento de eventos extremos- diz o pesquisador.



EXPLICAÇÃO CLARA


Trocando em miúdos: a água que cai do céu ao longo do ano como um todo não deve variar, mas é quase certo que haja mais tempestades furiosas, intercaladas por períodos cada vez mais longos de seca.

Isso significa tanto uma possibilidade maior de falta d’água nas fases mais críticas do crescimento das plantas quanto a intensificação da aridez em regiões que já são naturalmente ressequidas, como a caatinga do Nordeste e do norte de Minas. - No caso do oeste da Bahia, por exemplo, em que há grande produção de frutas com irrigação, a situação pode ficar crítica - diz Silveira Pinto

ANÁLISE Em análise divulgada pelo G1, pesquisadores defenderam a idéia de que se nada for feito para conter o aquecimento global, a produção de alimentos no Brasil pode tomar um prejuízo de R$ 7,4 bilhões já em 2020. A situação fica ainda pior cinqüenta anos depois: em 2070, as perdas devem quase dobrar e atingir os R$ 14 bilhões. O alerta foi feito por um estudo realizado em parceria entre a Embrapa e a Unicamp- Universidade Estadual de Campinas divulgado ontem. A cultura mais afetada será a soja, que pode perder até 40% na produção, o que renderia um prejuízo de R$ 7,6 bilhões até 2070. O cultivo de café deve mudar de endereço, deixando o Sudeste (o que deve gerar perdas de até 90% para os produtores de São Paulo e Minas Gerais) para ter sucesso no Sul. Entre as regiões brasileiras, o impacto maior se concentra no Nordeste, que verá uma forte redução na área das plantações de arroz, milho, feijão, algodão e girassol- só nesses estados, 20 milhões de pessoas serão atingidas.

ESTANDES

Os expositores que tiveram seus produtos expostos na 13ª edição da Fenics mostraram que o marketing é fundamental para atração de clientes. Desde os pequenos, médios e grandes empresários todos tiveram êxito, conforme os próprios. Tomara que a partir de hoje, o lucro a ser contabilizada pelos empresários seja notório. Mas desde já parabenizo os organizadores pelo bom evento!

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