Samuel Nunes
Repórter
De acordo com o Sindicato dos trabalhadores da indústria têxtil de Montes Claros, a fiação, um dos principais setores da empresa Coteminas está voltando às atividades depois de um longo período de paralisação. Segundo Maria Eliane Ferreira Santos, diretora da entidade, a notícia vem em um momento, onde a crise mundial tem desestabilizado vários segmentos da economia.
Entretanto, a sindicalista, afirma, que os reflexos da crise, pelo menos momentaneamente, não atingiu o setor de fiação.
- Recentemente a direção da Coteminas anunciou a recontratação de mais de 300 trabalhadores da fiação. O setor de fiação paralisou as atividades entre 2007 e 2008 deixando vários trabalhadores sem o emprego. Somente no sindicato da categoria fizemos mais de 600 homologações trabalhistas naquele período - lembra.
REFLEXOS
Maria Eliane Ferreira Santos diz que o setor na cidade vivenciou um momento difícil, pois as rescisões feitas pelo sindicato representaram reflexos mais que negativos para a economia da cidade, já que um grande número de trabalhadores dependia do grupo Coteminas para tirar o sustento da família.
O setor de fiação foi um dos mais massacrados nos últimos dois anos, onde férias coletivas foram concedidas, demissões ocorreram, além da crise mundial e a tragédia das chuvas em Santa Catarina, principal mercado consumidor do país que obrigou a direção da empresa a demitir vários operários.
CONTRATAÇÕES
A sindicalista chama a atenção para um detalhe considerado como importante, que diz respeito às contratações. A diretora do Sindicato dos trabalhadores da indústria têxtil de Montes Claros, revela que além das recontratações podem acontecer também contratações neste setor, o que é extremamente positivo.
O setor de fiação voltará a ser acionado.
Frisa que até o momento informações que chegam ao sindicato da categoria dão conta que 300 vagas foram abertas na fiação do grupo Coteminas.
- É de conhecimento de quem trabalha no meio, de que o setor de fiação de uma empresa têxtil é o mais importante, tendo em vista que é neste que a matéria-prima é transformada em fio. Em seguida tem o acabamento, que torna o fio em pano, e por fim, o setor de tintura, que é onde o pano é tingido conforme o pedido do cliente - explica.
Sobre a situação da empresa Nova Aliança que também demitiu vários trabalhadores no final de 2008, Maria Eliane afirma ter esperança de que até o mês de maio ocorra também a volta dos trabalhadores aos seus postos de emprego.
- O estoque desta empresa, que normalmente tem como destino Santa Catarina, e que continuava nas dependências da empresa já foi vendido, ou seja, aos poucos a normalidade volta à empresa, desta forma acredito que possam acontecer também admissões - finaliza a sindicalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário