Servidoras do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Universidade Estadual de Montes Claros, participaram na manhã desta segunda-feira (9), de um ciclo de debates sobre a violência doméstica e a prevenção do câncer de mama, evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher – a data também foi comemorada com diversas atividades no campus-sede. Ao presidir a solenidade de abertura, o reitor da Unimontes, professor Paulo César Gonçalves de Almeida, fez um apelo pelo fim da violência contra as mulheres, em todos os sentidos.
O reitor salientou que os maus tratos contra as mulheres ocorrem em todas as classes sociais, na maioria das vezes, de maneira silenciosa, tendo os próprios companheiros como agressores. Lembrou que “enquanto os homens são as principais vítimas da violência das ruas, as mulheres são as que mais sofrem com os maus tratos, a agressão doméstica crônica e repetitiva, cujo autor é um homem do convívio familiar, seja marido, pai, companheiro ou namorado”.
Conforme o reitor, de acordo com o Ministério da Saúde, a cada 15 segundos, uma mulher é espancada no Brasil e, em mais de 50% dos casos, o agressor é o marido ou o companheiro. Conclamou as vítimas a lutarem contra esta situação, denunciando os agressores. “Pois, o silêncio é cumplicidade. Toda forma de respeito começa pelo próprio respeito a vocês. Façam valer seus direitos nos gestos e atitudes”, recomendou o professor Paulo César de
Almeida.“Ao comemorar o Dia Internacional da Mulher, deveríamos enfeitar as salas com rosas, vestirmos roupas brancas, simbolismo angelical de almas purificadas na paz”, disse o reitor, ressaltando que a homenagem deve ser estendida a todas as mulheres, indistintamente, independente da condição social ou da profissão que exercem. Por outro lado, assinalou que, hoje, “em muitos lugares, em várias regiões e países, a mulher ainda não conquistou o direito de ser mulher à imagem e semelhança de Deus, e ter também a sua própria imagem libertadora”.
O professor Paulo César de Almeida ressaltou que, “diante de tanto sofrimento ainda registrado, a comemoração do Dia Internacional da Mulher requer de nós a invocação de Deus. É de paz que precisamos, aplicando respeito, valorização ao semelhante, à vida com todos os seus preceitos de harmonia, perfeita harmonia celestial”.
Nesse sentido, destacou: “somente mesmo Deus para nos socorrer, dando direção para nossos olhos, sentimento ao nosso coração e ação para que a justiça social seja completa, sem discriminação, sem violência, sem desrespeito, valorizando a vida e enaltecendo os predicados da existência divina, como se faz na Un
imontes, se faz no Hospital Universitário Clemente de Faria, como devemos fazer pelo mundo afora”.Por sua vez, a diretora administrativa do Hospital Universitário, Joelina da Conceição Almeida, destacou a participação das mulheres no gerenciamento e na melhoria das atividades da unidade. Lembrou, ainda, que o Hospital da Unimontes desenvolve diversas ações na melhoria da assistência às mulheres, como o incentivo ao aleitamento materno e o atendimento voltado para a prevenção do câncer ginecológico.
Também participaram da solenidade o diretor Assistencial do Hospital, professor Cássio André de Souza Vieira, o coordenador do Grupo de Trabalho de Humanização da Assistência, professor Amaro Sérgio Marques; e a professora Márcia Beatriz Inácio Xavier, da União Popular de Mulheres (UPM). Esta última proferiu palestra, seguida de debate, sobre “Combate à Violência contra a Mulher”.
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