sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Terra volta a tremer em Montes Claros e assusta moradores

Wilson Medeiros/Esp. EM/D.A Press

Repórter Luis Ribeiros - ESTADO de MINAS

Professora Marli Madureira Batista atribui rachaduras aos abalos
A terra tremeu quinta-feira à tarde em Montes Claros, no Norte de Minas. De acordo com registro do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o abalo, por volta das 17h17, de 2.2 graus na escala Richter, foi sentido apenas nos bairros de Lourdes e Monte Carmelo, chegando a assustar os moradores, mas não causou danos. No entanto, o que chama a atenção dos pesquisadores é que foi o quarto tremor registrado na cidade em menos de um mês.Por essa razão, o chefe do observatório, George Sand, entende que devem ser feitos estudos mais profundos sobre o fenômeno e não descarta a necessidade de enviar uma equipe ao município para estudar as causas. Ele diz que, por enquanto, não é possível prever se vão ocorrer novos abalos, mas tranquiliza a população, afirmando que não há motivos para pânico. “A única coisa que a população precisa é ter mais conhecimento sobre os tremores de terra, para saber como agir quando eles ocorrerem", recomenda Sand. Veja como ocorre um tremor de terraTambém no Norte de Minas, em 9 de dezembro de 2007, a comunidade de Caraíbas, no município de Itacarambi, foi arrasada por um abalo de 4.9 na escala Richter, que causou a morte de uma menina de 5 anos, a primeira do país provocada por tremor de terra. Antes do fenômeno de quinta-feira, desde a segunda quinzena de dezembro foram três pequenos abalos em Montes Claros. O primeiro deles, de 2.3 graus, foi registrado em 15 de dezembro. Dois dias depois, houve um tremor de 2.1 graus. Em 8 de janeiro, ocorreu outro tremor, de 1.8 graus. O abalo de quinta-feira assustou alguns moradores do Bairro de Lourdes, como o jornalista Benedito Said. "Primeiro, ouvi um estrondo, como se fosse a batida de um carro. Em seguida, percebi as vidraças balançando. Foi tudo muito rápido", conta Said, dizendo que alguns dos seus vizinhos chegaram a sair à rua para comentar o assunto e ver o que ocorreu. Mas nenhum deles teve prejuízos. Também moradora do Bairro de Lourdes, a professora aposentada Marli Madureira Batista disse que assistia à televisão quando ouviu o estrondo e viu as janelas de vidro balançarem. "Mas já senti isso antes, umas duas ou três vezes", afirmou a aposentada. Marli mostrou rachaduras na parede de sua casa, que surgiram há mais tempo e que ela acredita que podem ser uma consequência das acomodações da terra na cidade.

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