terça-feira, 6 de janeiro de 2009

MONTES CLAROS BUSCA SOLUÇÃO PARA MANTER A GUARDA MIRIM

FOTOS XU MEDEIROS
Repórter Girleno Alencar

As entidades de classe montes-clarenses iniciaram mobilização, na última segunda-feira, para assegurar a existência do Grupo de Guardas-Mirins de Montes Claros, que corre risco de continuar funcionando em razão das ações adotadas pelo Ministério Público do Trabalho, que notificou e autuou empresas que contrataram o adolescentes vinculados à instituição. Durante a reunião realizada no salão da Loja Maçônica União, Paz e Justiça, promovida pelo Conselho Maçônico de Segurança Pública, os dirigentes das entidades definiram que a primeira atividade será a realização de Audiência Pública, dia 15 de janeiro, organizada pela Câmara Municipal com as procuradoras Elaine Noronha Nassif e Florença Dumont, que comandam o MPT em Minas Gerais e Montes Claros, respectivamente e se persistir o problema, levar o assunto para ser discutido em Belo Horizonte e Brasília. A reunião contou com as presenças de dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil, Rotary Clube, Maçonaria, Associação Comercial e Industrial, Federação das Indústrias do Estado, Prefeitura de Montes Claros/Secretaria Municipal de Defesa Social, Câmara Municipal de Montes Claros, 7º Corpo de Bombeiros, 10º Batalhão da Polícia Militar, 55º Batalhão do Exército e além da questão da Guarda Mirim, foi discutida a urbanização do bairro Cidade Cristo Rey, com o projeto “Semeando a Dignidade”. Uma comitiva de Montes Claros estará em Belo Horizonte para discutir com o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Dilzon Melo, a urbanização do bairro, que é o maior foco de criminalidade em Montes Claros. No mês de novembro, durante visita a Montes Claros, ele manifestou interesse de ajudar neste projeto de urbanização. Os coronéis Franklim de Paula Silveira e César Augusto Lima, comandantes do 10º Batalhão da Polícia Militar e do 55º Batalhão do Exército, falaram sobre as atividades realizadas ali.
Na discussão sobre o impasse surgido entre o Ministério Público do Trabalho e a Guarda Mirim, a presidente do Grupo de Guarda-Mirim, Maria Neusa Rodrigues, alertou que existe risco da instituição deixar de funcionar, depois de 15 anos de existência, pois mesmo atendendo as várias recomendações plausíveis fixadas pelo MPT, a instituição acabou surpreendida com a postura dos procuradores, em notificarem e autuarem as empresas que contrataram os adolescentes. Ela explicou aos dirigentes das entidades que não encontra uma justificativa para a postura do MPT, pois a Guarda-Mirim está funcionando dentro da legalidade e sempre dentro das especificações da lei. O presidente do Conselho de Veneráveis do Norte e Minas, Mauro Rodrigues, salientou que a saída é buscar o diálogo com o Ministério Público do Trabalho, dentro da concepção de que Montes Claros não pode aceitar o fim da Guarda-Mirim. Antônio Augusto Coelho, presidente do Conselho Maçônico de Segurança Pública salientou que decidiu promover esta reunião para movimentar as entidades de classe em defesa da entidade e mesmo do emprego dos adolescentes acobertados pela Guarda Mirim. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Dalton Caldeira Rocha, lembrou que a entidade foi notificada por contratar um adolescente e que encaminhou o caso para a direção estadual. Porém, vê na audiência uma possibilidade de resolver o impasse. O advogado Hércules Costa e Silva salientou a importância de não deixar a Guarda-Mirim ser extinta, pois é uma conquista de Montes Claros e com grande repercussão social.


Um comentário:

Borges° disse...

Olá meu caro Xu Medeiros,

A carica Speed-Paiting que eu fiz aqui em casa no dia da reportagem já tá pronta. Entra no meu blog que eu já pus lá...

Matheus Borges°
Caricaturista e Ilustrador.