As altas temperaturas e umidade excessiva provocadas pelas chuvas colocam a população em alerta contra a Dengue já que o clima favorece a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da doença.
Com a proposta de intensificar o trabalho das equipes de vigilância sanitária e endemias, a Gerência Regional de Saúde de Montes Claros (GRS/MOC) reuniu, na manhã de segunda-feira (19/01), gestores dos municípios de sua jurisdição promovendo um amplo debate e definindo estratégias para a prevenção e controle do mosquito.
Motivados pela equipe de vigilância epidemiológica da GRS, secretários municipais de saúde e coordenadores de endemias/epidemiologia falaram sobre a situação da Dengue na região, apresentaram suas dúvidas e pediram sugestões para viabilizar o trabalho de suas equipes e mobilizar a comunidade em seus municípios.
“Vamos orientar os agentes de saúde que já estão capacitados para ajudar na preparação dos novos agentes e, assim, agilizar as ações”, diz Edílson Moreira de Souza, secretário de Saúde de Jaíba, recém-empossado.
Silvânia Godinho Souto, que responde pela secretaria de Saúde de Itacambira desde a gestão passada, diz que o município não registrou notificações nos últimos anos, mas que os agentes mantêm as ações, continuamente. “Fazemos um trabalho de educação permanente com os agentes de saúde, PSF’s e emissora de rádio local”, completa.
José Ferreira, coordenador de endemias de Taiobeiras, diz que a capacitação dos agentes de saúde e a parceria com os PSF’s ajudam a manter a situação sob controle. “Também realizamos o projeto Ação de Cidadania que mobiliza toda a comunidade no combate aos focos do mosquito”, diz.
Programa de controle
Durante o encontro, a Consultora do Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD), Geane Araújo, fez uma intervenção através de videoconferência, e falou sobre os conceitos da Dengue e a situação epidemiológica em Minas Gerais.
Segundo Geane, a Dengue é um problema prioritário e o Estado está investindo muito para que seja controlado. “A Dengue é um problema decorrente de vários fatores. Temos problemas de abastecimento de água no País e a forma como as pessoas armazenam água propicia o crescimento da larva; a facilidade de deslocamento, a ineficiência de programas de controle, tudo isso favorece a proliferação do mosquito”, diz. Geane ressalta que a Dengue tem uma sintomatologia que sacrifica muito o paciente, principalmente as crianças, que são mais acometidas pela doença.
Vigente desde 2002, o PNCD mantém um programa permanente de informação e vigilância epidemiológica e entomológica e, segundo Geane, a meta é reduzir os índices de infestação e letalidade pela febre hemorrágica a menos de 1%.
Ocorrência
Segundo os dados apresentados pela consultora, a população de 35 municípios mineiros está exposta a alto risco de transmissão da Dengue, o que corresponde a 8.070.049 habitantes, e de 50 municípios, ou seja, 10.928.003 habitantes, a médio risco. “Isso quer dizer que 53% de todo Estado estão em alta e média prioridade de controle”, conclui.
A jurisdição da GRS/MOC corresponde a 1.047.007 habitantes em 53 municípios, ou seja, 5% de Minas Gerais. De acordo com dados PNCD, dos 78.159 casos notificados no Estado em 2008, 2.264 foram nos municípios de abrangência da GRS/MOC (3%), apresentando uma evolução de 14%, desde 2000, com depósito predominante A2, isto é, em reservatórios de água como tambores, toneis, tinas, entre outros.
Segundo Geane, Montes Claros é o quinto município do Estado em notificações. “Isso porque o município possui condições ideais de temperatura para reprodução do mosquito, grande população, índices de infestação muito elevados, alta complexidade urbana, elevado fluxo de pessoas, circulação comprovada de três sorotipos virais, municípios vizinhos com estrutura mínima comprometida, além das eleições municipais, que, de alguma forma, provocam uma descontinuidade nas ações”, explica.
Recomendações
Geane diz que Minas Gerais vem realizando um plano de intensificação de controle que é inédito no país e que é importante que todos os municípios adotem o programa. “Também recomendamos a reestruturação imediata das equipes de controle e vigilância, manutenção das atividades de rotina, implementação das ações de intensificação e acompanhamento contínuo pela GRS”.
Avaliação
Apesar dos dados preocupantes, após o debate, o coordenador da Vigilância Epidemiológica da GRS/MOC, João Geraldo de Rezende concluiu que, na região, a situação não é tão grave e que as mudanças nas equipes, em virtude da transição administrativa nos municípios, não foi muito significativa. “Nosso trabalho salva milhares de vidas e não podemos relaxar a atenção. A meta é controlar a situação nos municípios de alto e médio risco e, logo depois, reiniciar o trabalho de prevenção que será feito durante todo ano”, observa.
O Coordenador do Cento de Controle de Zoonoses de Montes Claros, Jeziel de Quadros Carvalho diz que as ações no município não param e nesse mês de janeiro estão sendo intensificadas. “Orientamos aos agentes de saúde para notificar todos os casos suspeitos de Dengue, o que explica o aumento de registros; aplicamos UBV em toda a cidade e mantemos uma agenda permanente de ações educativas junto à comunidade. Mas é importante a colaboração de todos, conservando seus quintais limpos e tampando ou retirando a água de reservatórios que possam se tornar criadouros de larvas”, observa.
Ao final do encontro, ficaram definidas as datas para as capacitações em todos os municípios, que começam a partir do dia 26 de janeiro. Os gestores se comprometeram em intensificar o trabalho de educação e mobilização da comunidade e renovaram a parceria e apoio entre si nas ações.
Com a proposta de intensificar o trabalho das equipes de vigilância sanitária e endemias, a Gerência Regional de Saúde de Montes Claros (GRS/MOC) reuniu, na manhã de segunda-feira (19/01), gestores dos municípios de sua jurisdição promovendo um amplo debate e definindo estratégias para a prevenção e controle do mosquito.
Motivados pela equipe de vigilância epidemiológica da GRS, secretários municipais de saúde e coordenadores de endemias/epidemiologia falaram sobre a situação da Dengue na região, apresentaram suas dúvidas e pediram sugestões para viabilizar o trabalho de suas equipes e mobilizar a comunidade em seus municípios.
“Vamos orientar os agentes de saúde que já estão capacitados para ajudar na preparação dos novos agentes e, assim, agilizar as ações”, diz Edílson Moreira de Souza, secretário de Saúde de Jaíba, recém-empossado.
Silvânia Godinho Souto, que responde pela secretaria de Saúde de Itacambira desde a gestão passada, diz que o município não registrou notificações nos últimos anos, mas que os agentes mantêm as ações, continuamente. “Fazemos um trabalho de educação permanente com os agentes de saúde, PSF’s e emissora de rádio local”, completa.
José Ferreira, coordenador de endemias de Taiobeiras, diz que a capacitação dos agentes de saúde e a parceria com os PSF’s ajudam a manter a situação sob controle. “Também realizamos o projeto Ação de Cidadania que mobiliza toda a comunidade no combate aos focos do mosquito”, diz.
Programa de controle
Durante o encontro, a Consultora do Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD), Geane Araújo, fez uma intervenção através de videoconferência, e falou sobre os conceitos da Dengue e a situação epidemiológica em Minas Gerais.
Segundo Geane, a Dengue é um problema prioritário e o Estado está investindo muito para que seja controlado. “A Dengue é um problema decorrente de vários fatores. Temos problemas de abastecimento de água no País e a forma como as pessoas armazenam água propicia o crescimento da larva; a facilidade de deslocamento, a ineficiência de programas de controle, tudo isso favorece a proliferação do mosquito”, diz. Geane ressalta que a Dengue tem uma sintomatologia que sacrifica muito o paciente, principalmente as crianças, que são mais acometidas pela doença.
Vigente desde 2002, o PNCD mantém um programa permanente de informação e vigilância epidemiológica e entomológica e, segundo Geane, a meta é reduzir os índices de infestação e letalidade pela febre hemorrágica a menos de 1%.
Ocorrência
Segundo os dados apresentados pela consultora, a população de 35 municípios mineiros está exposta a alto risco de transmissão da Dengue, o que corresponde a 8.070.049 habitantes, e de 50 municípios, ou seja, 10.928.003 habitantes, a médio risco. “Isso quer dizer que 53% de todo Estado estão em alta e média prioridade de controle”, conclui.
A jurisdição da GRS/MOC corresponde a 1.047.007 habitantes em 53 municípios, ou seja, 5% de Minas Gerais. De acordo com dados PNCD, dos 78.159 casos notificados no Estado em 2008, 2.264 foram nos municípios de abrangência da GRS/MOC (3%), apresentando uma evolução de 14%, desde 2000, com depósito predominante A2, isto é, em reservatórios de água como tambores, toneis, tinas, entre outros.
Segundo Geane, Montes Claros é o quinto município do Estado em notificações. “Isso porque o município possui condições ideais de temperatura para reprodução do mosquito, grande população, índices de infestação muito elevados, alta complexidade urbana, elevado fluxo de pessoas, circulação comprovada de três sorotipos virais, municípios vizinhos com estrutura mínima comprometida, além das eleições municipais, que, de alguma forma, provocam uma descontinuidade nas ações”, explica.
Recomendações
Geane diz que Minas Gerais vem realizando um plano de intensificação de controle que é inédito no país e que é importante que todos os municípios adotem o programa. “Também recomendamos a reestruturação imediata das equipes de controle e vigilância, manutenção das atividades de rotina, implementação das ações de intensificação e acompanhamento contínuo pela GRS”.
Avaliação
Apesar dos dados preocupantes, após o debate, o coordenador da Vigilância Epidemiológica da GRS/MOC, João Geraldo de Rezende concluiu que, na região, a situação não é tão grave e que as mudanças nas equipes, em virtude da transição administrativa nos municípios, não foi muito significativa. “Nosso trabalho salva milhares de vidas e não podemos relaxar a atenção. A meta é controlar a situação nos municípios de alto e médio risco e, logo depois, reiniciar o trabalho de prevenção que será feito durante todo ano”, observa.
O Coordenador do Cento de Controle de Zoonoses de Montes Claros, Jeziel de Quadros Carvalho diz que as ações no município não param e nesse mês de janeiro estão sendo intensificadas. “Orientamos aos agentes de saúde para notificar todos os casos suspeitos de Dengue, o que explica o aumento de registros; aplicamos UBV em toda a cidade e mantemos uma agenda permanente de ações educativas junto à comunidade. Mas é importante a colaboração de todos, conservando seus quintais limpos e tampando ou retirando a água de reservatórios que possam se tornar criadouros de larvas”, observa.
Ao final do encontro, ficaram definidas as datas para as capacitações em todos os municípios, que começam a partir do dia 26 de janeiro. Os gestores se comprometeram em intensificar o trabalho de educação e mobilização da comunidade e renovaram a parceria e apoio entre si nas ações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário