quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Norte de Minas reforça ação de Comitês de prevenção à mortalidade infantil e materna

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A redução da taxa de mortalidade infantil e materna ainda constitui um grande desafio para o Estado de Minas Gerais. Para enfrentar esse desafio, através do Programa de Redução da Mortalidade Infantil e Materna em Minas Gerais - o Viva Vida -, o Governo do Estado vem realizando um diagnóstico para identificar as principais causas de óbitos maternos e infantis, bem como a sistematização e ampliação das atividades, até há pouco tempo realizadas de forma desarticulada.




Para viabilizar esse diagnóstico, o Viva Vida vem implantando, em todo o Estado, os Comitês de Prevenção da Mortalidade Materna e Prevenção do Óbito Fetal e Infantil, que ajudam na identificação do óbito e na investigação da sua causa, levando a uma notificação real e adequada.




Com objetivo de avaliar a situação atual dos Comitês municipais, a Gerência Regional de Saúde de Montes Claros promove, no período de 29 de setembro a 03 de outubro, reunião com representantes de todos os municípios de sua jurisdição, buscando, também, estimular a criação de um Comitê nos municípios que ainda não possuem.




A responsável pelo Comitê regional, Rosângela Barbosa Chagas diz que o encontro é fundamental para esclarecer as dúvidas, afim de que o diagnóstico possa ser realizado de forma mais efetiva.




“A região correspondente à Macro Norte é muito grande e precisamos estar sempre atentos. Estamos muito próximos de alcançar 100% de cobertura, mas é importante não apenas criação do Comitê, mas fazê-lo funcionar efetivamente”, avalia.




A cada dia, o Comitê Regional reúne representantes de uma Micro da jurisdição da GRS Montes Claros – são cinco ao todo. Durante as reuniões, os participantes recebem orientação sobre o procedimento no repasse dos novos formulários e novo fluxo do envio de documentos. “Para fazer um diagnóstico preciso e atualizado da mortalidade infantil e materna na região, o Comitê Regional precisa estar informado de forma detalhada de todas as ocorrências de óbitos nos municípios. Dessa forma, será possível sugerir estratégias e planejar ações de prevenção de ocorrência de novas mortes”, explica Rosângela.




Segundo a enfermeira, os Comitês têm caráter confidencial e, através da identificação e investigação dos óbitos, buscam uma melhor compreensão do processo assistencial e dos fatores biológicos e socioeconômicos que muitas vezes culminam em mortes evitáveis.




“A principal meta do plano de ação do Comitê é a eqüidade, ou seja, criar oportunidade de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças que podem levar à morte por causas evitáveis, principalmente à população em situação de maior vulnerabilidade social. Para isso, o Comitê atua no acompanhamento e avaliação permanente das políticas de assistência à mulher e à criança”.




Em alguns municípios do Norte de Minas, o índice de mortalidade infantil é um dos mais baixos do país. Janaúba, por exemplo, supera os índices internacionais, mas, de acordo com Rosângela, é preciso um trabalho diário e constante para que esses índices sejam cada vez menores em toda região. “A ação dos Comitês também tem função educativa em nível de atenção primária, hospitalar, comunitária e familiar, fortalecendo o papel social no processo, o que contribui para a continuidade das ações”, completa.







Defesa da Vida




Responsável pelo Núcleo de Atenção Primária à Saúde, Solange Fátima Ferreira de Carvalho diz que a GRS também vem trabalhando na implantação dos Comitês em Defesa da Vida em todos os municípios de sua jurisdição.




“Enquanto os Comitês de Prevenção do óbito Materno e Infantil são formados por médicos e Enfermeiros, atuando de forma mais técnica, os Comitês em Defesa da Vida atuam como mobilizador da comunidade, pois são formados por seus representantes. Isso não é tarefa simples, já que cada município tem suas especificidades, mas o resultado é surpreendente, pois fortalece a relação das pessoas com o programa Viva Vida, fortalecendo, consequentemente, suas ações”.

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