quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

NORTE DE MINAS AUMENTA O APOIO NO PLANTIO DO ALGODÃO

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Os agricultores familiares que produzem algodão na região Norte de Minas vão investir aproximadamente R$ 1,4 milhão no custeio da safra 2008/2009. Cerca de 70% desse valor serão garantidos por linhas de financiamento do Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Todas as etapas, desde o preparo do solo até o beneficiamento do produto, terão o suporte do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento da Cultura do Algodão em Minas Gerais (Proalminas), criado pela Secretaria da Agricultura do Estado com a Associação dos Produtores de Algodão de Minas Gerais (Amipa) e a participação de outras instituições parceiras no Projeto de Retomada do Algodão no Norte de Minas. O programa de incentivo vai contemplar 48 produtores em 350 hectares, envolvendo os seguintes municípios: Catuti, Jaíba, Janaúba, Jequitaí, Matias Cardoso, Mato Verde, Monte Azul, Pai Pedro e São João do Pacuí. De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria, João Ricardo Albanez, coordenador do Proalminas, os agricultores terão assistência técnica permanente dos extensionistas da Emater-MG e de técnicos contratados pela Amipa. Também serão implantadas dez Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs), que contarão com recursos de custeio fornecido pelo Fundo Algominas, sob a gestão da associação dos produtores.Essas unidades são áreas onde se promove e introduz a cultura do algodão de acordo com experiências realizadas com sucesso em safras anteriores. Será introduzido também o cultivo de algodão com biotecnologia. Os locais para implantação das UTDs foram definidos pela Amipa e o Algominas com os escritórios regionais da Emater-MG de Janaúba e Montes Claros. “A utilização das unidades é de fundamental importância, porque a cotonicultura é uma atividade de alto custo e, neste caso, todos os recursos devem ser bem aproveitados, ou seja, dirigidos à produção de resultados”, diz o superintendente. Segundo Albanez, o Norte de Minas precisa recuperar a condição de produtor de algodão para ajudar o Estado a encontrar a auto-suficiência nessa área. “As indústrias têxteis instaladas em Minas consomem, por ano, mais de 150 mil toneladas de pluma por ano e a produção estadual é da ordem de 29 mil toneladas”, ele explica. Em Minas Gerais, o melhor ano do algodão foi 2005, quando a safra alcançou 57,4 mil toneladas de pluma. Há condições de aumentar a produção, sobretudo com o desenvolvimento alcançado atualmente pela tecnologia e que possibilita uma produtividade da ordem de 1,4 tonelada por hectare no Estado. Esse índice é praticamente o mesmo registrado pela média dos cultivos de algodão em todo o país e que possibilitam uma safra nacional de quase 1,5 milhões de toneladas. Emprego e renda“De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região Norte do Estado colhe atualmente cerca de 4,8 mil toneladas de grão e pluma por ano, enquanto a Noroeste, líder na produção de algodão em Minas, alcança quase 52 mil toneladas. Já o Alto Paranaíba colhe quase 12 mil toneladas, e o Triângulo tem safra de cerca de 9 mil toneladas. Para Albanez, “o Projeto de Retomada do Algodão do Norte de Minas poderá ser, como foi há alguns anos, a mola propulsora da geração de empregos e distribuição de renda na região”. A base do projeto é a capacitação dos trabalhadores para aumentarem os índices de produção e produtividade do algodão. Para isso, segundo Albanez, os técnicos ligados ao Proalminas, à Emater-MG, Epamig, IMA e Amipa levam aos produtores novas tecnologias, apropriadas ao semi-árido, orientam os agricultores na preparação do solo e uso de variedades transgênicas, entre outras.Uma das propostas do Proalminas é ajudar os produtores a se desenvolverem na parte de processamento do algodão, a fim de que futuramente possam fornecer a pluma e o óleo diretamente às indústrias. “Poderão aproveitar ainda a oportunidade de obter receita com a torta resultante do processamento do caroço e que serve à alimentação animal”, observa o superintendente. Ele considera que ”a instalação da usina de biodiesel da Petrobrás, no município de Montes Claros, será um fator de estímulo para os produtores aderirem às modernas práticas de cultivo do algodão.Fonte: Argência Minas

2 comentários:

Samuel Veloso disse...

Excelente Reportagem!
Que nossos governantes continuem atentos ao Norte de Minas, valorizando o potencial econômico da região e gerando empregos.

Parabens pelas imagens Xu Medeiros!

Att,

Samuel Veloso,
administrador

Samuel Veloso disse...

Ao Xu Medeiros, parabéns pelas imagens. Ficaram excelentes!

Considero uma grande iniciativa o apoio de nossos governantes ao Norte de Minas.

Conforme apresentado na reportagem, a região de Jaíba também será um dos municípios atendidos. Conheço-a bem e a considero muito promissora.
No ano de 2005 fiu designado a trabalhar no centro do Projeto de Irrigação Jaíba - o maior da America Latina - e dos lotes dos pequenos produtores cerca de 70% eram abandonados. Assim, tentei diagnosticar o que levava os colonos a abandoná-los. Constatei que faltava visão de mercado - capacidade de gestão - de produzir e saber negociar o produto lá fora. Na realidade, quem ganhava dinheiro lá eram os atravessadores, enquanto que os colonos mal conseguiam sobreviver e acumular dívidas em bancos.

Com incentivos do Governo Federal, em 2006 iniciaram a instalação de 3(três) usinas de alcool no Projeto Jaíba. Hoje aqueles produtores que mal sobreviviam, plantam cana para as usinas - a prosperidade chegou!!!

Creio que o algodão também será um grande incentivo para os colonos do Projeto Jaíba, e demais municípios contemplados com o programa.

Atenciosamente,

Samuel Veloso,
administrador
www.AdministreSeuDinheiro.blogspot.com