Paula Machado
Repórte
Repórte
No dia 23 de setembro de 2008, durante reunião ordinária na Câmara Municipal de Montes Claros, uma grande luta dos estudantes foi concretizada. O meio-passe, projeto de lei de autoria do vereador Lipa Xavier (PCdoB), que tramitava no Legislativo já por quinze anos, foi finalmente aprovado, com entrada em vigor prevista para o dia 1º de janeiro de 2009.
No mês de junho, o Projeto de Lei do vereador Lipa Xavier foi retirado pelo autor para dar lugar ao primeiro projeto de iniciativa popular da história de Montes Claros, construído pela União da Juventude Socialista (UJS) e pelo DCE da Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros) e assinado por 13.241 pessoas, número superior aos 5% do eleitorado exigido pela Lei Orgânica Municipal. O Projeto de iniciativa Popular deu entrada na Câmara uma semana antes do projeto "meia-boca" proposto pelo atual prefeito e candidato à reeleição Athos Avelino (PPS).
As emendas aprovadas tornaram o projeto do prefeito quase idêntico ao proposto pelo vereador comunista e pelas 13.241 pessoas que assinaram o projeto de iniciativa popular. Por duas vezes no ano passado os estudantes saíram às ruas de Montes Claros em grandes passeatas, ambas com cerca de cinco mil manifestantes mobilizados por várias entidades estudantis e pela UJS. A primeira foi em março, dentro da Jornada Nacional de Lutas, e a segunda em abril. As manifestações foram motivadas pelo repúdio dos estudantes ao prefeito municipal, que descumpriu todos os acordos e negociações que vinham sendo mantidos com vistas à aprovação do meio-passe.
No dia 24 de abril, após a ocupação do hall da prefeitura, dezenas de estudantes se feriram. Os grupos táticos especiais da PM foram chamados pelo prefeito e, usando balas de borracha, bombas de efeito moral, gás de pimenta e cachorros policiais espancaram a multidão e prenderam 14 dos principais líderes do movimento, entre eles o diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Thiago Mayworm, o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE/MG), Diogo Santos e os diretores da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Flávio Panetone e Lucas Alves, além dos dirigentes estaduais da UJS, José Louzada Neto e Danniel Coelho. Foram presos ainda um pai de aluno e a professora Celina Areâs, dirigente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro/MG) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que acompanhava a passeata. Após esses acontecimentos foi proposto pelo prefeito anterior Athos Avelino, um prazo de 180 dias para implantação do meio-passe.
Mas segundo um dos representantes da comissão em luta do meio-passe, Fabrício Amaral, o prazo já venceu no dia 26 desse mês e nada foi feito.
- Estamos aqui para reivindicar nosso direito e fazer cumprir a promessa da prefeitura em implantar o meio-passe. Abrimos um grupo de discussão, o movimento estudantil unificado – MEU, para conversar com representantes do prefeito e tentar colocar em prática o combinado – explica ele.
Mas segundo o representante da comissão organizadora de meio-passe, Pedro Nascimento, o prefeito nem estava em Montes Claros para atender os estudantes.
- Ele sabia da reunião, a cidade inteira sabia, queremos o meio-passe efetivado. Ele não serve apenas para pegarmos um transporte para as escolas, mas também como uma ferramenta de cultura e inclusão social, como uma renda maior para cada família – finaliza ele.
Segundo Pedro, apóiam a causa, escolas particulares, a Unimontes, a UFMG agrária, a escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, Hamilton Lopes entre outras.
No mês de junho, o Projeto de Lei do vereador Lipa Xavier foi retirado pelo autor para dar lugar ao primeiro projeto de iniciativa popular da história de Montes Claros, construído pela União da Juventude Socialista (UJS) e pelo DCE da Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros) e assinado por 13.241 pessoas, número superior aos 5% do eleitorado exigido pela Lei Orgânica Municipal. O Projeto de iniciativa Popular deu entrada na Câmara uma semana antes do projeto "meia-boca" proposto pelo atual prefeito e candidato à reeleição Athos Avelino (PPS).
As emendas aprovadas tornaram o projeto do prefeito quase idêntico ao proposto pelo vereador comunista e pelas 13.241 pessoas que assinaram o projeto de iniciativa popular. Por duas vezes no ano passado os estudantes saíram às ruas de Montes Claros em grandes passeatas, ambas com cerca de cinco mil manifestantes mobilizados por várias entidades estudantis e pela UJS. A primeira foi em março, dentro da Jornada Nacional de Lutas, e a segunda em abril. As manifestações foram motivadas pelo repúdio dos estudantes ao prefeito municipal, que descumpriu todos os acordos e negociações que vinham sendo mantidos com vistas à aprovação do meio-passe.
No dia 24 de abril, após a ocupação do hall da prefeitura, dezenas de estudantes se feriram. Os grupos táticos especiais da PM foram chamados pelo prefeito e, usando balas de borracha, bombas de efeito moral, gás de pimenta e cachorros policiais espancaram a multidão e prenderam 14 dos principais líderes do movimento, entre eles o diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Thiago Mayworm, o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE/MG), Diogo Santos e os diretores da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Flávio Panetone e Lucas Alves, além dos dirigentes estaduais da UJS, José Louzada Neto e Danniel Coelho. Foram presos ainda um pai de aluno e a professora Celina Areâs, dirigente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro/MG) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que acompanhava a passeata. Após esses acontecimentos foi proposto pelo prefeito anterior Athos Avelino, um prazo de 180 dias para implantação do meio-passe.
Mas segundo um dos representantes da comissão em luta do meio-passe, Fabrício Amaral, o prazo já venceu no dia 26 desse mês e nada foi feito.
- Estamos aqui para reivindicar nosso direito e fazer cumprir a promessa da prefeitura em implantar o meio-passe. Abrimos um grupo de discussão, o movimento estudantil unificado – MEU, para conversar com representantes do prefeito e tentar colocar em prática o combinado – explica ele.
Mas segundo o representante da comissão organizadora de meio-passe, Pedro Nascimento, o prefeito nem estava em Montes Claros para atender os estudantes.
- Ele sabia da reunião, a cidade inteira sabia, queremos o meio-passe efetivado. Ele não serve apenas para pegarmos um transporte para as escolas, mas também como uma ferramenta de cultura e inclusão social, como uma renda maior para cada família – finaliza ele.
Segundo Pedro, apóiam a causa, escolas particulares, a Unimontes, a UFMG agrária, a escola Estadual Professor Plínio Ribeiro, Hamilton Lopes entre outras.
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