sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O povo cobra as obras que Tadeu Leite prometeu

FOTOS XU MEDEIROS
Moradores do bairro Alcides Rabelo, mais precisamente da Avenida Central, realizaram na manhã de ontem, 05, manifestação de mais de duas horas na Rua Carlos Paulínio Cardoso, paralela ao parque de exposição João Alencar Ataíde reivindicando energia elétrica que foi cortada na quarta-feira, 03. Eles atearam fogo em pneus interditando o trânsito da via que dá acesso ao bairro Renascença, o que chamou a atenção de quem passava pelo local.
- Estamos no nosso direito, exigimos respeito. O governo federal lançou uma propaganda na televisão afirmando que luz é para todos, mas, na verdade, é para alguns, pois, moramos dentro da cidade é não temos rede de esgoto, água encanada, e agora cortaram a energia elétrica - desabafa o morador Johnson Batista.
Evanildon de Oliveira mora com mais oito pessoas em apenas dois cômodos há mais de 10 anos. Demonstrando tristeza, mas com esperança de que o problema será resolvido, ele cobra das autoridades constituídas do município, que tomem providências quanto ao problema.
PRESO
A polícia tentou conter os ânimos mais exaltados e um dos moradores argumentou com os soldados, reclamando seus direitos.
- Eu não posso ser preso, estou no meu direito reivindicando o cumprimento das leis – afirmava Denílson Barbosa Carvalho que no meio da manifestação foi ameaçado de ser preso pelos policiais – que entenderam que ele estaria incitando os manifestantes à violência.
De acordo com os policiais, Denílson Barbosa Carvalho seria qualificado na ocorrência.
IRREGULAR
Questionados pelo fato de estarem até a última quarta-feira usando de maneira irregular a energia elétrica nas residências, a moradora Jussara Silva de Barros reconhece que isso vinha acontecendo há muito tempo.
- Há vários anos estamos procurando regularizar a situação junto à Cemig, o que ainda não aconteceu, não por culpa nossa. Temos o direito de termos à frente das nossas casas um padrão de luz, como praticamente todo o restante da população tem. Queremos sim, pagar pelo que consumimos, mas é preciso o poder público olhar para as nossas necessidades - argumenta.
PERDA
Maria das Dores Souza mora na comunidade há mais de 10 anos. Revela que tudo que tinha dentro da sua geladeira perdeu pelo fato de não ter a energia elétrica.
- Eles desligaram a luz na quarta-feira. Como eu fico com mais quatro crianças pequenas no escuro? Quem vai pagar pelo prejuízo que levei? - pergunta.
DIÁLOGO
A policia militar compareceu ao local e explicou aos manifestantes que estavam no direito de reivindicar, mas sugeriu que uma comissão de moradores fosse formada e de forma ordeira se dirigisse à prefeitura para procurar uma solução para o problema. Nesse meio tempo o Corpo de bombeiros seria acionado para que o fogo fosse apagado, como forma de evitar um acidente.
Minutos depois, a guarnição de bombeiros chegou ao local. O sargento Davi informou que o fogo deveria ser apagado pelo fato de os pneus que foram utilizados soltarem gás tóxico.
- Além disso, o local que foi utilizado para realizar a manifestação é perigoso, pois é embaixo de uma rede elétrica - disse.
O OUTRO LADO
À reportagem, a agente comercial, imagem e de comunicação da gerência de relacionamento comercial e serviços da Cemig – Companhia energética de Minas Gerais, Patrícia Parrela, revelou que o corte de luz dos moradores daquela comunidade se deu por haver riscos no sistema de abastecimento utilizado de forma clandestina, comprometendo a segurança de terceiros e pelo consumo irregular de energia. :Repórte Samuel Nunes para 0 Norte de Minas

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