Com a industrialização proporcionada pelos incentivos fiscais da Sudene nas décadas de 1960, 1970 e 1980, Montes Claros viveu uma série de transformações, entrando numa nova era de desenvolvimento. Mas, no mesmo período, a cidade também passou a enfrentar problemas com o crescimento desordenado. Esta é a abordagem do livro “Industrialização da Área Mineira da Sudene – Um estudo de caso: Montes Claros”, de autoria da professora Maria Ângela Figueiredo Braga, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O lançamento da obra acontece nesta terça-feira (3), às 19 horas, na Biblioteca Central Professor Antônio Jorge, no Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro.
O livro, lançado pela Editora Unimontes, foi elaborado a partir da dissertação de mestrado em Sociologia, defendida pela autora junto à Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O trabalho faz uma análise do papel da Sudene no desenvolvimento regional, especialmente no crescimento de Montes Claros. “A ideia do trabalho surgiu da necessidade de se conhecer melhor a realidade da região em que vivíamos, ao mesmo tempo em que se propõe a contribuir para uma observação mais trabalhada de um tema de importância reconhecida”, explica a professora Maria Ângela Figueiredo Braga.
Ela lembra que, com a Sudene, a partir da década de 1960, Montes Claros experimentou uma aceleração do crescimento econômico. Entretanto, ressalta, a cidade passou a conviver também com vários problemas gerados a partir da atração de retirantes de outros municípios. “É perfeitamente possível multiplicar os índices para apontar os trágicos problemas de Montes Claros: carências habitacionais, taxas altíssimas de evasão escolar, deficiências de transporte coletivo, padrões de uso e ocupação de solo que provocam problemas de envergadura nada desprezível. Em síntese, problemas de uma “cidade pólo e pobre que se moderniza”, relata em trecho do livro.
A autora salienta que, a partir dos incentivos fiscais, o município recebeu grandes indústrias que proporcionaram o aumento da arrecadação de impostos e a geração de empregos. Por outro lado, vários projetos que receberam os incentivos fiscais foram mal-sucedidos. Como principais motivos para o insucesso dos empreendimentos, a professora da Unimontes aponta a inadequação dos projetos e falta de estudos sobre a qualificação da mão-de-obra disponível. “Vieram indústrias de tecnologia de ponta, mas sem levar em conta que a região não contava com mão-de-obra especializada que pudesse atendê-las”, afirma.
Ainda de acordo com a professora Maria Ângela Braga, diversas empresas esperaram apenas vencer o período da concessão dos incentivos fiscais para a retirada dos equipamentos e retorno para suas sedes, provocando o desemprego na cidade. Observa, ainda, que a discussão sobre os equívocos cometidos no passado é fundamental no atual momento, tendo em vista a recriação da Sudene. “Acredito que o debate do tema servirá de alerta para que os erros do passado não se repitam”, destaca a professora. Da Ascom
O livro, lançado pela Editora Unimontes, foi elaborado a partir da dissertação de mestrado em Sociologia, defendida pela autora junto à Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O trabalho faz uma análise do papel da Sudene no desenvolvimento regional, especialmente no crescimento de Montes Claros. “A ideia do trabalho surgiu da necessidade de se conhecer melhor a realidade da região em que vivíamos, ao mesmo tempo em que se propõe a contribuir para uma observação mais trabalhada de um tema de importância reconhecida”, explica a professora Maria Ângela Figueiredo Braga.
Ela lembra que, com a Sudene, a partir da década de 1960, Montes Claros experimentou uma aceleração do crescimento econômico. Entretanto, ressalta, a cidade passou a conviver também com vários problemas gerados a partir da atração de retirantes de outros municípios. “É perfeitamente possível multiplicar os índices para apontar os trágicos problemas de Montes Claros: carências habitacionais, taxas altíssimas de evasão escolar, deficiências de transporte coletivo, padrões de uso e ocupação de solo que provocam problemas de envergadura nada desprezível. Em síntese, problemas de uma “cidade pólo e pobre que se moderniza”, relata em trecho do livro.
A autora salienta que, a partir dos incentivos fiscais, o município recebeu grandes indústrias que proporcionaram o aumento da arrecadação de impostos e a geração de empregos. Por outro lado, vários projetos que receberam os incentivos fiscais foram mal-sucedidos. Como principais motivos para o insucesso dos empreendimentos, a professora da Unimontes aponta a inadequação dos projetos e falta de estudos sobre a qualificação da mão-de-obra disponível. “Vieram indústrias de tecnologia de ponta, mas sem levar em conta que a região não contava com mão-de-obra especializada que pudesse atendê-las”, afirma.
Ainda de acordo com a professora Maria Ângela Braga, diversas empresas esperaram apenas vencer o período da concessão dos incentivos fiscais para a retirada dos equipamentos e retorno para suas sedes, provocando o desemprego na cidade. Observa, ainda, que a discussão sobre os equívocos cometidos no passado é fundamental no atual momento, tendo em vista a recriação da Sudene. “Acredito que o debate do tema servirá de alerta para que os erros do passado não se repitam”, destaca a professora. Da Ascom
Um comentário:
Excelente e oportuna a idéia da autora de elaborar ua tese,que agora virou livro analisando o papel da Sudene e dos incentivos fiscais em Montes Claros(Mg).É com estudos como estes que vamos apreender mais para ampliarmos os acertos e reduzirmos os erros, no futuro.Procurarei adquirir o livro para conhecer as posições da autora.Mas uma coisa posso assegurar,pois conheci Montes Claros no início da década de 60.Esta é uma das cidades que pode ter a sua história dividida em duas fases:"antes e depois da SUDENE".Segundo também se pode concluir que bastaria ter apoiado e ajudado a COTEMINAS-uma empresa exemplar que honra não só o Nordeste,mas o Brasil-para justificar a importância da SUDENE e dos incentivos fiscais.
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