sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Gestores discutem Plano Diretor e Políticas de Saúde

FOTOS JERUSIA ARRUDA
Desde o ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais vem realizando um ciclo de oficinas de preparação para implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde (PDAPS). O objetivo de organizar e fortalecer as redes de atenção à saúde, capacitando profissionais, gestores e cidadãos para enfrentar os problemas de saúde que afligem a população, nos seus territórios de atuação.
As oficinas são promovidas pela SES/MG em parceria com a Escola Pública de Saúde de Minas Gerais (ESP-MG), Universidade Estadual e Montes Claros (Unimontes), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Nesta quinta e sexta-feira (05 e 06/02) acontece a sexta oficina do ciclo do PDAPS, que deverá ser concluído até o final do ano.
Na abertura do encontro, o superintendente da Atenção à Saúde da SES/MG, Marco Antônio de Matos Bragança ressaltou a importância das políticas públicas desenvolvidas pelo governo do Estado. “Tudo o que tem sido feito na saúde pública em Minas Gerais está tendo muita repercussão, inclusive em outros países. Para que esse trabalho seja contínuo é importante o comprometimento de todos. A proposta do Plano Diretor é exatamente a de aprofundar as discussões e redefinir estratégias para qualificar e prestar uma assistência contínua e integral. Nesse momento de transição administrativa, é fundamental focar o que é prioridade para a população, por isso a importância da participação dos gestores municipais nessa oficina”.
O vice-reitor da Unimontes, professor João dos Reis Canela disse que os ventos estão soprando a favor de Minas Gerais, particularmente do Norte de Minas. “O governo do Estado assumiu o compromisso com a saúde pública e os resultados das ações na região são notórios. Esse conforto se dá, principalmente pela sintonia entre políticos verdadeiros e uma gestão estratégica com ações concretas”, enfatizou.
Para consultor da SES/MG, Helvécio Albuquerque, o Saúde em Casa tem todo potencial para iniciar uma verdadeira revolução na saúde pública do País. “Esse programa pode ser considerado âncora do conjunto de projetos de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e o Plano Diretor é a melhor política para alcançarmos uma saúde exeqüível e com resolubilidade”.

Concentração e dispersão
A sexta oficina, que vai até as 18 horas desta sexta-feira, reúne gerentes regionais, tutores, profissionais que atuam na Atenção Primária e gestores de saúde dos municípios das macrorregiões Norte, Nordeste e Vale do Jequitinhonha.
A oficina é constituída de períodos de concentração de dispersão. Os períodos de concentração são presenciais, para aquisição de conhecimentos e habilidade, quando os participantes ampliam o debate sobre as funções da Atenção Primária á Saúde – coordenação, responsabilização e resolução dos problemas de saúde -, e do seu papel fundamental na mudança de modelo de atenção – organização das redes de atenção à saúde. O período de dispersão é para a aplicação prática dos conteúdos assimilados e ocorre no território de responsabilidade da equipe de saúde.
De acordo com a professora Maísa Tavares de Souza Leite, coordenadora dos tutores no âmbito da Unimontes, o PDAPS será colocado em prática tão logo seja concluído o cronograma de oficinas. Sobre a dimensão do trabalho realizado pela Universidade, ela explica que praticamente 40% do Estado estão sendo atendidos nesta capacitação. “Somente na macrorregião do Norte de Minas, a Unimontes atende 350 profissionais de 86 municípios e o trabalho multiplicador deles atende outras 1,8 mil pessoas, entre técnicos e servidores na área da saúde”, observa.
De acordo com Maísa Leite, na avaliação das oficinas anteriores, os participantes consideraram as reuniões do PDAPS “uma injeção de ânimo e servem de estímulo mesmo quando as circunstâncias não ajudam, além de promover a interação entre as equipes de tutores e facilitadores”.
Ao concluir a solenidade de abertura, o superintendente de educação da ESP/MG, Thiago Augusto Campos Horta disse que o Plano Diretor avança fazendo acontecer a mudança de forma contextualizada. “O PDAPS é um projeto inovador que envolve um esforço conjunto de profissionais, gestores e cidadãos e representa um novo caminho para uma melhoria real da atenção à saúde”, conclui.Da Ascom

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