sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Seminário internacional debate na capital a revitalização de rios

FOTO DIVULGAÇÃO /FOTO XU MEDEIROS

A revitalização de rios, principalmente os que atravessam grandes áreas urbanas, tem mobilizado governos do mundo todo. Exemplos como o Tâmisa, em Londres; o Sena, em Paris; o Anacostia, em Washington e o rio Isar, na Baviera, Alemanha, além de experiências brasileiras como o rio Tietê em São Paulo, Rio Mosquito e o Rio das Velhas em Minas Gerais, serão apresentados no I Seminário Internacional sobre Revitalização de Rios, que acontece entre os dias 8 e 10 de setembro, no Dayrell Minas Hotel, à rua Espírito Santo, 901, centro, em Belo Horizonte. O seminário é uma realização do Governo de Minas, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) e Copasa, em parceria com o Projeto Manuelzão e o Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio das Velhas. O evento está integrado ao Projeto Estruturador Revitalização do Rio das Velhas em seu trecho metropolitano – meta 2010. O objetivo é conhecer iniciativas de sucesso desenvolvidas para a revitalização de rios e promover a reflexão e a troca de experiências entre gestores públicos e profissionais de diversas áreas, além de estimular iniciativas para a recuperação de bacias hidrográficas em Minas Gerais. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Antônio Thomaz da Mata Machado, afirma que não existe uma metodologia definida ou estudos acadêmicos sobre o tema revitalização de rios que permita descrever o método ideal para o desenvolvimento das ações. “O que existem são experiências localizadas, e a proposta do seminário é justamente a de trazer essas experiências para conhecermos como a revitalização é feita em outros lugares”, acrescenta. Mata Machado pondera que os projetos de revitalização não devem se limitar ao curso de água, mas envolver a totalidade da bacia hidrográfica. “É preciso combater as principais fontes poluidoras, que geralmente são o lixo, o esgoto doméstico e os efluentes industriais, mas também recuperar nascentes, matas de topo, matas ciliares e pequenos rios afluentes”, orienta. Ele acrescenta que o projeto deve definir a prioridade temática, a prioridade geográfica, deve selecionar indicadores de resultados e mobilizar a sociedade, o governo e outros atores estratégicos. Considerada por especialistas como um processo de longo prazo, a revitalização de rios se completa com o trabalho contínuo de conservação. “O prazo para revitalização depende das condições políticas, de investimentos em tecnologia e da mobilização e vontade da sociedade”, informa Mata Machado. “O rio Tâmisa demorou mais de cem anos para ser recuperado. No Sena, o processo foi muito rápido, começou na metade da década de 90 e foi considerado revitalizado aproximadamente cinco anos depois, mas foi obra de engenharia, não houve envolvimento da população”, complementa. Programação: Dia 8- segunda-feira 17h - Credenciamento 19h - Solenidade de Abertura 19h 30 - Rio Tietê, a experiência de São Paulo - Carlos Eduardo Carrella, Sabesp 20h 20 - Debates 21h - Coquetel de confraternização Dia 9 - terça-feira 7h 30 - Credenciamento 8h - Rio Sena, a experiência francesa - Seine Normandie 8h 50 - Debates 10h - Intervalo 10h 20 - Rio Mosquito, a experiência de Minas Gerais, Brasil - Marcelo de Paula Salles Filho, Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Mosquito 10h 50 - Projeto Drenurbs: Reabilitação Ambiental das Águas Urbanas de BH - José Roberto Champs, Projeto Switch 11h 20 - Debates 14h - Rio Anacostia, a experiência dos Estados Unidos - James F. Connolly - Anacostia Watershed Society 14h 50 - Debates 15h 30 - Intervalo 15h50 - Rio das Velhas, a experiência de Minas Gerais, Brasil - Apolo Heringer Lisboa, Projeto Manuelzão 16h40 - Meta 2010 e a articulação governo e sociedade civil organizada - José Carlos Carvalho, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 16h50 - Debates 18h - Happy Hour Ecológico Dia 10 - quarta-feira 8h - Rio Tâmisa, a experiência inglesa - Rachael Hill, Environmental Government Agency of United Kingdon 8h 50 - Debates 10h - Intervalo 10h 30 - Rio Isar, a experiência alemã - Klaus Arzet, State Office of Water Management Munich 11h 10 - Debates 12h - Pronunciamentos de avaliação e encerramento do evento - Thomaz Mata Machado, Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e Ronaldo Matias, da Copasa

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