quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Área de algodão no Norte de Minas pode crescer mais de 40%

FOTOS DIVULGAÇÃO



O zoneamento agrícola para a cultura do algodão herbáceo em Minas Gerais, ano safra 2008/2009, anunciado pelo Ministério da Agricultura para vigorar de 11 de novembro a 30 de dezembro, deve incentivar os cotonicultores do Norte de Minas a plantar cerca de mil hectares na região, aumentando a área para 3,3 mil hectares. A previsão é de Lindomar Antônio Lopes, coordenador do Programa de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), criado pela Secretaria da Agricultura do Estado. “Um dos diferenciais do atual zoneamento, criado pela Portaria 199, em relação ao anterior é que agora estão incluídos todos os municípios considerados tradicionais produtores da região”, diz o coordenador. “No ano passado, ficaram de fora inicialmente diversos municípios, como Catuti, Espinosa, Monte Azul, Mato Verde e Janaúba. Estes foram incluídos posteriormente, por autorização especial do Ministério para aquele ano e puderam plantar depois do prazo”. Além disso, segundo Lindomar Lopes, no ano passado, houve atraso para o plantio inclusive dos municípios autorizados desde o início porque as chuvas demoraram a começar. O debate sobre as providências a serem adotadas para cumprir as normas do zoneamento faz parte da programação do encontro que será realizado nesta quarta-feira (24), às 14 horas, na Sociedade Rural de Montes Claros, no Norte de Minas. Participarão as instituições envolvidas no programa de fortalecimento do algodão na região, como a Secretaria da Agricultura, que estará representada pelo Proalminas, que organizou o encontro com a participação das instituições vinculadas – Emater-MG, Epamig e IMA. Lindomar Lopes acrescenta que estarão presentes também representantes da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), além da Associação Mineira dos Municípios do Norte de Minas (Amans) e Consórcio dos Municípios da Serra Geral, entre outras instituições.“O período estabelecido para o plantio do algodão corresponde à realidade mineira”, assinala o coordenador. Ferramenta técnico-científica, o zoneamento agrícola de risco climático é elaborado por uma equipe multidisciplinar de especialistas, que usa metodologia desenvolvida por diversas instituições federais e estaduais de pesquisa agrícola, com assessoramento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os técnicos do Ministério analisam as séries climáticas históricas de, no mínimo, 15 anos, relacionando-as ao ciclo das cultivares, tipo de solo e oferta de água. O objetivo é reduzir os riscos de adversidades provocadas pelas condições de clima durante as fases mais sensíveis das lavouras.“A obediência dos produtores ao prazo estabelecido pela portaria será fiscalizada pelo sistema oficial de assistência técnica, que inclui a Emater-MG, e também pelas demais instituições vinculadas à Secretaria. Além disso, os bancos também exigirão o cumprimento da norma com fiscalização própria”, destaca Lindomar Lopes. Terão acesso ao financiamento para a cultura do algodão e ao seguro rural apenas os produtores que comprovarem a obediência ao zoneamento. “Os produtores do Norte de Minas terão de obedecer às normas do zoneamento para contar com o crédito que possibilitará o plantio de algodão”, enfatiza Lindonar Lopes. “A cotação atual da arroba do algodão é da ordem de R$ 45,00 e as projeções de receita para os produtores que se habilitarem ao cultivo são boas. O programa aproveitará o momento favorável para reforçar suas ações de apoio aos produtores do Norte de Minas, entre elas a adoção das Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs)”, comenta. Essas unidades, implantadas há três anos pelo Proalminas com a parceria das associações privadas do setor, são áreas de plantio utilizadas para a orientação dos produtores. A manutenção das UTDs é custeada pelo Proalminas, que banca inclusive a assistência técnica. Um extensionista é contratado exclusivamente para atender à UTD, e dessa forma garante atenção especial ao manuseio integrado de pragas, entre outros cuidados. “Com essa metodologia, a colheita de algodão nas unidades demonstrativas do Norte de Minas alcançou, no ano passado, cerca de 150 arrobas por hectare, em média”, finaliza o coordenador.

Fonte: Assessoria de Comunicação - Seapa

Nenhum comentário: