Samuel Nunes
Repórter
O município de Bocaiúva vai ganhar uma unidade da Sada, uma das maiores empresas do setor suco-alcooleiro do país e que deverá gerar, já na sua implantação, cerca de 500 empregos diretos. A notícia foi dada a O NORTE, com exclusividade, pelo prefeito Ricardo Veloso-PSDB, no início da noite de quarta-feira. Segundo ele, a empresa vai produzir álcool e energia elétrica a partir da geração de combustão de bagaço de cana.
Ricardo Veloso: mais emprego e renda
para o vizinho município de Bocaiúva.
Ricardo Veloso frisa que esse trabalho é semelhante ao que se faz no Vale de Jaíba, tendo sido assinado um termo de compromisso com o empresário Vitório Medioli, no Palácio da Liberdade, com a presença do governador Aécio Neves. O objetivo é desenvolver ações para implantação da empresa na cidade, tendo à frente Vitório Medioli, o principal acionista da Sada.
O prefeito de Boc afirma que a expectativa é de que no início de 2010 a nova indústria já esteja funcionando, gerando emprego, renda e fortalecendo a economia local.
- O governador abriu as portas para este empreendimento em Bocaiúva. É um projeto de 150 milhões de reais, que vai gerar em princípio 500 empregos diretos. A empresa já está trabalhando para a compra de terra para produzir cana. Tudo será feito em parceria com os fazendeiros, tanto no arrendamento da terra como na aquisição da cana – conclui Ricardo.
Um comentário:
É oportuno a implantação da Sada em Bocaiuva, no entanto, é preciso que se estabeleça e se defina a maneira como será feita o corte da cana por aquela industria, digo isso, por que mais que gerar emprego no municipio é preciso dar aos trabalhadores desse setor condições dignas de trabalho.Sabe-se que os cortadores de cana enfrentam uma jornada excessiva de trabalho para ter uma garantia minima de sobrevivência. Não podemos permitir que o modelo de exploração que ocorre aqui em Pernambuco e no interior de São Paulo, seja extendido e copiado para o interior de minas. Basta o crescimento das fazendas de eucalipto em todo o norte do Estado, que tem desfigurado o cerrado norte-mineiro, naturalmente belo e incorretamente explorado.
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