quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

OSSADA HUMANA PODE SER DE CHIQUINHO DESPACHANTE EM MONTES CLAROS

Fotos Divulgação
Rogeriano Cardoso
Repórter Policial

A Polícia Civil investiga a possibilidade de ossada encontrada nessa quinta-feira (23) ser de Francisco Santos Filho, o Chiquinho Despachante, desaparecido desde 30 de dezembro de 2009. A ossada humana foi encontrada na comunidade de São João, próximo a Lagoinha, zona rural de Montes Claros. Juntos aos ossos foram encontrados objetos que podem ser da vítima, como roupas, carteira e um relógio.
Segundo a Polícia Militar, o que vai detectar a causa morte da vítima será os trabalhos periciais. Uma moradora da região, a qual não quis
se identificar informou que um crânio humano já havia sido encontrado próximo ao local. Segundo a mulher, um perito da Polícia Civil esteve na região anos atrás e encontrou o crânio, o qual foi encaminhado para analise.
Os detalhes do crime chamaram a atenção dos policiais, uma vez que os pertences da vítima estavam parcialmente queimados. A ossada, que foi encontrada numa mata de difícil acesso, foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) de Montes Claros.
A polícia não descarta a possibilidade de a ossada ser de Chiquinho Despachante. O militar Laércio Soares de Melo, o Cabo Melo, suspeito do desaparecimento do despachante, em depoimento a Polícia Civil, dias após o seu sumiço, disse
ter ido com Chiquinho à comunidade de Lagoinha, distante 20 quilômetros de Montes Claros, onde foi entregue a ele R$ 30 mil (R$ 20 mil em dinheiro e um cheque de R$ 10 mil). O cabo relatou, ainda, que deixou o despachante no centro da cidade. Porém, foi localizado somente o carro de Chiquinho, na avenida Sanitária.

INDICIADO


O militar Laércio Soares de Melo foi indiciado pela Polícia Civil por estelionato, falsidade ideológica e apropriação indevida de bens de Chiquinho Despachante. Conforme noticiado no dia 22 de março de 2011, a família de Francisco Santos Filho denunciou à Polícia Civil e esta buscou esclarecimentos a respeito da venda de uma casa de Chiquinho, situada na Rua Oito, no Bairro Canelas II, feita pelo militar a duas servidoras da Prefeitura de Montes Claros, em outubro de 2010.
A casa já pertencia ao despachante desde setembro de 2009, quando comprou e pagou ao próprio cabo Melo, mas este não lhe deu a posse, pois “desapareceu” quatro dias antes da data marcada, contratualmente, para recebimento da posse da casa, onde o militar mantinha um irmão morando de favor.
Os familiares somente tomaram conhecimento do negócio quando as supostas compradoras tentaram fazer a escritura e descobriram que a casa não pertencia mais ao militar.
A apuração serviu para reforçar a suspeita de envolvimento do policial no desaparecimento de Chiquinho e, segundo informações não confirmadas, o caso já deixou de ser tratado como “desaparecimento” para ser investigado como homicídio e ocultação
de cadáver.

Texto:bastidoresdocrime.blogspot.com

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