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Rômulo Ávil
Quase 1.600 mulheres foram atendidas pelo Cerna nos 12 meses do ano passado
O Centro Risoleta Neves de Atendimento (Cerna), vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), serve como referência para novas vitimas da violência doméstica. Somente em 2011, mais de 200 mulheres recorreram à unidade pela primeira vez em busca de apoio para superar a violência. No total, quase 1.600 mulheres foram atendidas nos 12 meses do ano passado.
Uma cozinheira (que pediu para não ter o nome revelado), de 47 anos, procurou a unidade em 2011 e conta que durante anos sofreu agressões verbais e físicas do ex-marido. “Vivia presa no quarto com medo das agressões, entrei em depressão e tive que abandonar meu emprego. Fiz várias denúncias, mas ele (o ex-marido) sempre duvidou que algo o faria parar de me agredir”, relatou a mulher.
Há cerca de cinco meses, ela conheceu o Cerna e afirma que sua vida começou a mudar depois do apoio dos profissionais. “Fui bem acolhida por toda equipe do Centro Risoleta Neves e eles me fizeram acreditar que a minha situação seria resolvida”.
A cozinheira, que recebe atendimento psicológico e jurídico da unidade, conseguiu, nos últimos dias, que o marido fosse retirado da casa onde mora. “A equipe do Cerna também está me ajudando com o processo do divórcio. Agora estou mais segura emocionalmente. Em primeiro lugar, confiei em Deus e, depois, nos anjos que vieram me salvar, porque eu estava sozinha, sem saber o que fazer”, disse, se referindo ao apoio que teve da equipe do Cerna.
A subsecretária de Direitos Humanos, Carmen Rocha, lembra que o atendimento oferecido no Cerna é uma forma de restaurar e proteger os direitos das mulheres, e que as vitimas também podem procurar diretamente a unidade (rua Pernambuco, nº 1000, Savassi, Belo Horizonte) para atendimento psicológico, jurídico e social.
Denuncias
Em Minas Gerais, as denúncias podem ser feitas por meio do Disque Direitos Humanos (0800 031 11 19), uma ferramenta importante para denunciar a violência contra a mulher.
Também coordenado pela Sedese, o serviço é gratuito, sigiloso e recebe denúncias de todo o Estado. Os relatos recebidos são encaminhados para os conselhos e delegacias especializadas.
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