quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

SUSPEITOS DE LATROCÍNIO SE ENTREGAM, MAS NÃO SE LEMBRAM DE NADA

FOTOS XU MEDEIROS
RUBENS SANTANA
REPÓRTER

O vigilante Frederico Arruda Pereira afirmou que estava sob efeito de drogas e álcool.
O vaqueiro Ricardo Antônio Pereira

também diz que estava sob efeito de cocaína e álcool e não se lembra de nada.
Dois suspeitos do sequestro e assassinato da dona de casa Manoelina Rodrigues Souza, 50 anos, e da tentativa de homicídio contra sua filha Jaqueline Rodrigues Botelho, 26 (internada no pronto-socorro da Santa Casa com quadro clínico estável), se apresentaram na tarde de ontem, quarta-feira, ao delegado de polícia civil Jean Pierre Batista Neves, responsável pelas investigações.
Segundo o delegado Jean Pierre, titular da Aisp 100, os dois suspeitos, o vigilante Frederico Arruda Pereira, 25 anos, e o vaqueiro Ricardo Antônio Pereira, 20, ambos vizinhos das vítimas, se entregaram porque estavam sendo ameaçados por diversas pessoas nos últimos dias.
Ainda de acordo com o delegado responsável pelas investigações, os dois estavam sendo monitorados devido à coincidência do desaparecimento de ambos no mesmo dia em que mãe e filha foram feitas reféns, na madrugada de 19 de dezembro. Jean Pierre afirma que a dupla não deu declarações de como cometeu o crime, pois os suspeitos estavam sob efeito de cocaína e álcool.
Somente alguns dias depois de praticado o crime, emBelo Horizonte, passado o efeito das drogas, é que teriam se lembrado do que haviam praticado contra mãe e filha, sem, contudo, se lembrarem dos detalhes.
Jean Pierre observa que os dois suspeitos serão presos provisoriamente por 10 dias e que aguarda que o ministério público converta para prisão preventiva, a fim de ambos não atrapalharem o restante das investigações.
O delegado diz, ainda, que o veículo levado pelos suspeitos ainda não foi localizado e que o crime praticado por eles não tinha nenhuma intenção de vingança, como havia sugerido uma frase descrita numa camiseta encontrada no local: “Julgamento final”.
PARA LEMBRAR
Por volta das 2h da madrugada de sábado, 19, os bandidos, ambos vizinhos das vítimas, pularam o muro da residência localizada na Rua Juca Prates, Bairro Morrinhos, área central de Montes Claros, e fizeram as vítimas reféns.
Mãe e filha foram levadas para o Distrito de Água Boa, em Claro dos Poções, onde foram torturadas. Por volta das 14h de sábado, o corpo de Manoelina Rodrigues Souza, 50 anos, foi encontrado sem vida, enquanto que a filha Jaqueline Rodrigues Botelho, 26, agonizava. Ela foi levada para o pronto-socorro da Santa Casa e já não corre risco de morte. Seu quadro é estável.

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