FOTOS RUBENS SANTANA
SAMUEL NUNES
REPÓRTER
Ana Carolina de Oliveira Souza: A vida do meu filho está em jogo e eu preciso de ajuda.
Miguel, de apenas dois anos, sofre de uma doença rara.
A reunião da câmara municipal na manhã de ontem, 15, foi marcada pela presença da servidora municipal Ana Carolina de Oliveira Souza, contratada e lotada na secretaria municipal de Saúde, que foi pedir socorro para o filho Miguel. Com apenas dois anos de idade, ele é portador de uma rara doença denominada megacólon congênito.
- Meu filho sente dor todos os dias. Estou dependendo de ajuda da secretaria municipal de Saúde para viajar para São Paulo no sábado à noite, pois meu filho tem que se submeter a um exame chamado manometria ano retal e infelizmente não tenho recursos para ir para São Paulo. Não tive até o momento qualquer tipo de ajuda da secretaria municipal de Saúde - afirma a mãe, desesperada.
Em lágrimas, Ana Carolina de Oliveira Souza afirma que, de segunda a quinta-feira da próxima semana, Miguel passará por uma série de procedimentos, como a retirada de um pequeno pedaço do intestino, para saber qual o tipo dadoença lhe acomete desde o seu nascimento.
- A vida do meu filho está em jogo. Da última vez que estive em São Paulo, isso no mês passado, por meio de uma amiga consegui uma consulta com um dos maiores especialistas da América Latina neste tipo de doença. Ele disse que a do meu filho é um caso raro e desconhecido. Tem a clássica e a ultra curta, mas a do Miguel é desconhecida - diz.
A mãe da criança afirma que, por causa da doença, o menino sofre de diarreias constantes.
- Para se ter ideia, cheguei de São Paulo dia 27 de maio e desde que chegamos ele está com diarreia. Depois do exame que, se Deus quiser, será feito na próxima semana, ele passará a usar por um período de seis meses a um ano uma bolsa de colostomia, que consiste em um procedimento cirúrgico onde se faz uma abertura no abdome para a drenagem fecal. Depois deste período ele poderá se submeter ainda a uma ou mais duas cirurgias - explica.
De acordo com Ana Carolina, também em virtude desta doença, o seu filho fica muitos dias sem evacuar, o que provoca constantes infecções intestinais.
- Ele é alérgico, não usa qualquer fralda, só se sente confortável com fraldas da turma da Mônica. Gastamos cerca de 10 pacotes de fraldas por mês e preciso de ajuda. Passo noites sem dormir e não posso chorar na frente dele, pois sou sua fortaleza. O que meu esposo ganha é para pagar aluguel, água e luz e não temos condições de arcar com todas as despesas - afirma.
De acordo com ela, as despesas do tratamento do seu filho ficam, neste primeiro momento, em R$ 2 mil.
Ana Carolina de Oliveira Souza denuncia ainda a perseguição que sua mãe, servidora efetiva há mais de 20 anos, estaria sofrendo na secretaria municipal de Saúde. Ela levou esta reclamação aos vereadores Edwan do Detran (PV), Claudim da prefeitura (PPS) e Rita Vieira (PSDB), que se comprometeram a cobrar explicações da secretaria de Saúde.
O NORTE tentou contato com o secretário municipal de Saúde, José Geraldo de Freitas Drummond, para falar sobre a denúncia e a ajuda financeira de que a servidora necessita. No entanto, até o fechamento desta edição, não obteve êxito.
Contatos para ajudar Miguel podem ser feitos pelos telefones (38) 8414-4913 e 8414-1973.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
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Um comentário:
TENHO UMA AMIGA kATIA QUE TRATOU O FILHO EM SÃO PAULO COM ESTE MESMO PROBLEMA E ELE HOJE É UM ADOLESCENTE CURADO.
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