sábado, 9 de abril de 2011

Audiência discutiu isonomia salarial no magistério

Corrigir uma injustiça. Esse foi o objetivo de audiência pública realizada na Câmara Municipal com os professores da rede municipal - ensino infantil e 1ª a 4ª séries. Professores e professoras efetivos, muitos com 15 e 17 anos de serviço, recebem salário inferior aos colegas com nível superior, apesar de exercerem a mesma atividade e, em muitos casos, com uma carga de trabalho maior e fazendo múltiplas funções.
Solicitada pelo vereador Claudim da Prefeitura, a audiência contou com representantes do Conselho Municipal de Educação, da Câmara Técnica do Fundeb e do Sindicato dos Servidores Municipais.
A professora Adriana Ferreira reclamou que ela e seus colegas se sentem discriminadas. “Esses dias fui chamada de leiga. Ora, além de educar, muitas vezes fazemos também o papel de babá, mãe, psicóloga e empregada. Não podemos aceitar sermos tratadas com diferenciação”, questionou. Os professores que ainda não têm nível superior são classificados como SCS (sem curso superior), inscrição que vem impressa nos seus contracheques e causa constrangimento aos profissionais de ensino.
“É uma situação inaceitável, ainda mais quando sabemos que uma das referências do Fundeb é justamente fazer com que o município valorize o professor. Nós nos sentimos discriminados e desmotivados”, protestou Adriana Ferreira. Os professores nessa situação defendem a isonomia salarial em todos os níveis do magistério. A reivindicação não é ganhar o mesmo que os colegas que têm nível superior, cujos salários são engordados com gratificações, e sim a igualdade do piso-base. O presidente da Câmara, Athos Mameluque disse que está nas mãos da secretária e do prefeito a solução do problema. Segundo ele, é só enviar à Casa projeto de lei equiparando os salários. “Aprovaremos em regime de urgência”, garantiu. O vereador observa que não haverá praticamente nenhum impacto financeiro para a Prefeitura. ”Apenas um acréscimo de R$ 30 mil num orçamento de mais de R$ 500 milhões”, minimizou. Ele e a secretária municipal de Educação, Mariléia Souza, culparam a gestão anterior pela diferenciação nos salários.
O consultor do Sindicato dos Servidores, Valmore de Souza, entretanto, lembrou que a atual secretária e a Câmara consolidaram a injustiça, quando no ano


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