Prefeito cobra seriedade do presidente da Câmara | ||
O prefeito Ruy Muniz cobrou mais seriedade do presidente da Câmara Municipal, Antônio Silveira, durante entrevista na manhã desta quinta-feira (5). A polêmica começou quando o prefeito retirou da Câmara o projeto que autoriza a doação de um terreno para a Companhia de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (CODEMIG). O terreno será usado na construção do Hospital Regional do Trauma.
Na Câmara, em reunião extraordinária na mesma manhã, os vereadores esperaram a votação, mas uma carta enviada pelo chefe do executivo retirou projetos do município de tramitação. Após a leitura da carta, os parlamentares começaram a fazer uma série de acusações, alegando descaso do prefeito com a saúde na cidade. Imediatamente, em seu gabinete, o prefeito Ruy Muniz explicou o motivo de ter retirado o projeto de votação. O questionamento do prefeito foi somente um: “o presidente da Câmara e os vereadores não têm demonstrado comprometimento com a cidade”. A alegação foi justificada pelo fato de na última terça-feira (3), os vereadores terem rejeitado dois projetos que, de acordo com o prefeito, “são cruciais para o desenvolvimento da cidade”. Os projetos que regulamentavam as Parcerias Público-Privadas (PPP’s) e o projeto que colocaria em funcionamento a Agência Reguladora de Água e Energia do Município foram rejeitados. - Os mesmos vereadores que cobraram compromisso com a saúde jogaram contra Montes Claros ao recusarem a aprovar um projeto como o da Agência Reguladora, que foi aprovada para fiscalizar o saneamento do nosso município, isso também é saúde. Os vereadores inventaram um prazo que não existe para me colocar contra a saúde. Estas armações têm dificultado o andamento da administração, por isso eu retirei todos os projetos de pauta, para cobrar seriedade da Câmara – afirmou. Hospital do Trauma O prazo a que o prefeito se refere diz respeito à transferência de um terreno para o governo do Estado para o início da construção do Hospital do Trauma. O terreno já foi repassado para a Santa Casa em 2011 por meio da lei n°4.445. Porém, o Estado exigiu recentemente que o terreno fosse transferido para a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais). Em 28 de maio deste ano, o prefeito Ruy Muniz enviou à Câmara um projeto alterando a lei que deu repasse ao terreno, possibilitando à Santa Casa que o repassasse ao Estado. O prefeito ainda ampliou a área, que era de 50mil m², para 63mil m². O Hospital do Trauma já tem verba de R$110 milhões, do governo do Estado, para início das obras. De acordo com o prefeito Ruy Muniz, o prazo a que os vereadores se referiram, 10 de junho, foi mais uma invenção. Esta data simplesmente representa o início das convenções partidárias e isso não impede o início de uma licitação. - Coisas como estas são inventadas para me jogar contra a população. Uma licitação pode ser feita até um dia antes da eleição. O governo do Estado assegurou que o hospital será construído e esse projeto será votado. O que peço à Câmara é que tenha compromisso com o povo que os elegeu, pois, camuflados, eles é que estão jogando contra a população – afirmou. O perigo mora ao lado Pelas últimas votações realizadas na Câmara realmente, o comprometimento dos vereadores com a cidade parece ter sido deixado de lado. O projeto rejeitado que regulamentava as PPP’s privou a cidade de um desenvolvimento nunca antes visto. Estavam previstas no projeto obras como a construção da Cidade Administrativa, que já conta inclusive com o terreno e com interessados para a construção do local que abrigaria o prédio da prefeitura, suas secretarias e autarquias. A construção de um cemitério por meio desta parceria também está prevista, uma vez que os dois existentes hoje não apresentam mais espaço par sepultamento. Obras como a usina de processamento de lixo e a implantação de transporte coletivo alternativo também estavam no projeto que foi deixado de lado pelos vereadores. Para o prefeito Ruy Muniz, o verdadeiro comprometimento deveria ter sido mostrado também na aprovação destes projetos. De acordo com Muniz, eles serão reenviados à Câmara. - Estou encaminhando todos novamente à Câmara. Retirei para chamar a atenção para o desmando que anda acontecendo naquela casa. Os projetos importantes são muitos, mas alguns não querem ver a administração andar. Os vereadores devem parar com a demagogia. O povo de Montes Claros precisa saber quem são os verdadeiros inimigos do progresso – afirmou o prefeito. O projeto que autoriza a Santa Casa a repassar o terreno para o Estado também está presente nos projetos enviados de volta à Câmara. |
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