quarta-feira, 20 de junho de 2012

CAIXA.BLOQUEIA R$ 380 MIL DA REFORMA DO MERCADO MUNICIPAL

A reforma do Mercado Central de Montes Claros pode voltar a ser paralisada. Desta vez, por causa de bloqueio da parcela dos recursos do convênio entre os governos federal e municipal, no valor de R$ 380.620,00. O valor total da obra é de 1.504.425,00, com a contrapartida municipal de R$ 150.500,00. O comunicado do bloqueio foi enviado à Câmara Municipal de Montes Claros, com cópia para o prefeito, no início deste mês e é assinado pelo gerente, Sérgio Luiz da Silva. O texto diz: Notificamos a V.Exa. o crédito de recursos financeiros, sob bloqueio, em 1/6/2012, no valor de R$ 380.620,00 na conta vinculada ao contrato (...) firmado com a Prefeitura de Montes Claros, assinado em 13/7/2010, no âmbito do Programa Prodesa, sob gestão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que tem por objeto Requalificação do Mercado Municipal de Montes Claros. O bloqueio do recurso foi denunciado e questionado pelo vereador Claudim da Prefeitura, durante reunião ordinária desta terça-feira (19). O vereador pediu explicações à prefeitura de Montes Claros que é a gestora do dinheiro e voltou a cobrar competência por parte da administração. -Se houve o bloqueio é porque o banco detectou alguma irregularidade na planilha, ou então, foi porque a prefeitura deixou de pagar a contrapartida, ou ainda, encontrou indícios de funcionários fantasmas ou superfaturamento na obra. Queremos explicações, exigiu o parlamentar. Ainda na tribuna, Claudim voltou a criticar os gastos com publicidade e propaganda, por parte da Prefeitura, dizendo que mais uma vez foi utilizado dinheiro público para divulgar uma obra, no caso o Mercado, que não foi concluída e está abandonada. -Essa má gestão do dinheiro público reflete na falta de obras como asfaltamento e manutenção das estradas rurais, disparou. No Mercado Central, comerciante que pediu para não ser identificado, com medo de represálias, chamou a imprensa para vigiar a obra, que anda, segundo ele, a passos de tartaruga. -Há quanto tempo estão mexendo no mercado, e nunca terminam esta reforma? Com mais este impasse, a população e principalmente nós feirantes, comerciantes e usuários do mercado amargamos o desgosto com o descaso e o abandono do patrimônio público. Acreditamos que esta obra não será concluída, desabafa. Dados do portal transparência do Governo Federal indicam que o dinheiro foi liberado no dia 30/05/2012. Segundo o mesmo portal, o convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para ampliação e reforma do mercado será encerrado no próximo dia 13 de julho. Não há informação sobre o número de parcelas que já foram pagas. A morosidade na reforma do Mercado Central de Montes Claros já foi denunciada várias vezes pelo Jornal O Norte, e foi inclusive, tema de audiência pública realizada pelo ex-vereador Pastor Altemar, no mês de outubro do ano passado. A obra foi iniciada em meados de 2011, e segundo feirantes, não há perspectiva de que ficará pronta em tempo hábil. -Estamos aqui a mercê da prefeitura que faz um serviço lento. Desde o ano passado estamos convivendo com poeira e desmantelo aqui no mercado que prejudica nossas vendas e a imagem de nossa cidade. Outro problema é o local de estacionamento, pois deixaram somente o esqueleto. Estão fazendo um mel de coruja. Pintando somente por fora, enquanto isso, o piso pelo lado de dentro está esburacado. Isso é um absurdo, uma covardia que estão fazendo com a gente. A reforma é uma enganação, denuncia dono de banca, que se identificou apenas como Léo. O Jornal O Norte entrou em contato com as Secretarias de Planejamento e de Obras para saber o motivo do bloqueio do recurso, mas nenhum dos secretários foi encontrado. A equipe de O Norte ligou várias vezes para o celular do secretário João Henrique que não atendeu as chamadas. Lucilene Porto Repórter:

quarta-feira, 6 de junho de 2012

CABO MELO É TRANSFERIDO PARA BH

O cabo Laércio Soares de Melo, indiciado pelos homicídios e ocultação de cadáver do comerciante Gilberto Martins e do despachante, Francisco dos Santos Filho, o Chiquinho Despachante, foi transferido na manhã de hoje para um Batalhão da Polícia Militar de Belo Horizonte. A determinação foi do juiz Francisco Lacerda de Figueiredo, da Vara de Execuções Criminais e do Tribunal do Júri, de Montes Claros. Informações extra-oficiais dão conta de que a transferência de Cabo Melo, já requerida pela Polícia Civil no mês passado, foi antecipada após entrevista coletiva concedida pelo militar ontem a tarde na sede do 10º Batalhão da PM em Moc. Cabo Melo teria infringido as leis penais ao utilizar de um telefone celular para convocar a imprensa para a coletiva. Em alguns meios de comunicação ele teria inclusive feito piada com a sua situação: “Eu sou o Cabo Melo e não sei se para vocês é um prazer ou desprazer falar comigo, uma vez que sou acusado de 20 homicídios, mas estou ligando para convidá-los para um entrevista coletiva que concederei”. Porém, no início da coletiva ele negou que tivesse feito as ligações, disse que foi seu irmão que é oficial da PM e também conhecido por Melo. Mas minutos depois voltou atrás e disse que teria feito apenas uma ligação. Questionado sobre a piada, ele disse “não lembro, talvez tenha feito”. MELO DIZ TER INIMIGOS NA PM Durante toda coletiva, o cabo Melo se esquivou das perguntas dos jornalistas sempre afirmando inocência e apontando que é um homem que tem bases da família. “Só eu sei o que estou passando. Mas com base que tenho, familiar, e fé em Deus, estou suportando. Ao invés de tentar fugir ou até mesmo suicidar, eu estou aqui, esperando que a verdade venha a tona”, afirmou. Ao reiterar sua inocência e afirmar que é vítima de perseguição do delegado que preside o caso, a quem classificou como “irresponsável e sem credibilidade na Polícia Civil”, Cabo Melo atacou também um oficial da PM, lotado no 50º BPM, citando seu nome, e afirmando que tem militares “inimigos” que armaram contra ele. CHIQUINHO VAI VOLTAR? Aparentemente tranqüilo, Cabo Melo apresentou algumas oscilações em suas expressões. Assim que as respostas eram feitas ele dizia que era uma resposta inteligente e pertinente a ele. Mas quando eram expostas as diversas contradições em seus depoimentos com as provas dos autos, ele ou se esquivava ou alterava. Ao ser questionado se matou Chiquinho, o militar foi enfático: “Não matei, nunca matei ninguém, alias, já respondi por um homicídio que aconteceu a serviço. Em meus mais de 20 anos de polícia nunca tive nada que desabonasse minha conduta. Vocês vão ver, Chiquinho vai voltar, quando for pertinente para ele, pois ele pode ter problemas com a justiça e não pode voltar agora. Uma certeza eu tenho, Chiquinho vai voltar. O Gilberto não, porque ele está morto, mas o Chiquinho sim Repórter:Gissele Niza